Com uma promessa de “deportação histórica”, o governo Trump traz à tona temores de medidas drásticas, como operações de imigração ostensivas e uma política de incentivo à denúncia de imigrantes, criando um clima de medo para quem vive nos Estados Unidos sem status legal.

Estima-se que cerca de 230 mil brasileiros estejam em situação irregular nos EUA, representando uma das maiores comunidades de imigrantes não documentados. Durante o primeiro governo de Trump, muitos brasileiros temiam deixar suas casas, receando serem denunciados e detidos em blitzes de agentes da imigração.

Além disso, a ameaça de novas ordens executivas pode restringir ainda mais o acesso a direitos essenciais e reduzir a possibilidade de obter o green card no futuro. Especialistas questionam a viabilidade de uma deportação em massa, devido aos altos custos e ao impacto negativo na economia, já que muitos imigrantes ocupam empregos essenciais na agricultura e construção civil.

Dados mostram que Trump deportou menos pessoas em seu primeiro mandato do que o ex-presidente Obama, mas seu discurso anti-imigrante intensifica o receio de que autoridades locais passem a atuar de forma mais rigorosa e agressiva.

Embora o discurso de Trump seja mais rígido, ele também sinaliza interesse em atrair talentos estrangeiros altamente qualificados. Durante seu primeiro mandato, propôs aumentar a concessão de green cards baseados em mérito, demonstrando que, apesar do discurso de “deportação em massa”, os EUA ainda dependem de mão de obra especializada para competir globalmente.

Com o controle republicano no Senado e uma Suprema Corte conservadora, há o temor de que leis mais rígidas e permissões para operações policiais contra imigrantes se concretizem, levando milhares de brasileiros a uma situação ainda mais vulnerável.

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