Brasil tem superávit de US$ 45 bilhões no primeiro semestre de 2023
Júnior Kamenach
01 agosto 2023 às 15h03
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De acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil apresentou um superávit de US＄ 45 bilhões entre janeiro e junho de 2023. O Grupo Descartes System, líder global na união de negócios intensivos em logística no comércio e que disponibiliza o produto Descartes DatamyneTM, também é provedor da maior base de dados de trade pesquisável do mundo, cobrindo o comércio global de 230 mercados em cinco continentes.
Segundo os dados fornecidos, a China continuou liderando como o país que mais exportou para o Brasil durante o primeiro semestre de 2023, mantendo sua posição pelo segundo ano consecutivo. No ano anterior, o volume de exportações da China para o Brasil correspondeu a US＄ 27,9 bilhões, representando 21,57% do total de importações brasileiras. Já no primeiro semestre deste ano, o volume de exportações chinesas para o Brasil foi de US＄ 25,5 bilhões, correspondendo a 21,17% do total de importações no período.
“De acordo com o nosso levantamento, do total de importação de produtos chineses, mais de 8% são de componentes eletrônicos e semicondutores. Em detrimento da Guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil foi fortemente afetado com a crise dos chips para inserções, principalmente para a indústria automobilística. Vale ressaltar que diversas entidades governamentais estão buscando soluções, como por exemplo, construção de fábricas especializadas na produção de semicondutores para suprir esta demanda”, destaca a responsável por Datamyne na América Latina, Helen Abdu.
Completando a lista, os Estados Unidos ocupam o segundo lugar no ranking das exportações para o Brasil. O país registrou uma queda no volume de importações em relação ao ano anterior, passando de US＄ 25 bilhões em 2022 (19,2% do total) para US＄ 19,6 bilhões neste ano (16,29%).
No terceiro lugar, destacando-se no cenário de importações para o Brasil, temos a Alemanha. Durante o primeiro semestre, a Alemanha aumentou suas exportações para o Brasil e assumiu uma posição de destaque, inclusive superando a Argentina. Em 2022, o volume exportado pelo país europeu foi de US＄ 5,8 bilhões (4,50% do total), enquanto em 2023, esse valor subiu para US＄ 6,5 bilhões (5,47% do total), o que representa uma base de crescimento em torno de 13%, utilizando o valor FOB como referência.
Produtos
A pesquisa também revelou quais produtos, classificados de acordo com a NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), foram os mais importados pelo Brasil durante o primeiro semestre do ano. Em primeiro lugar, liderando a lista, encontram-se os combustíveis e óleos minerais de petróleo (código NCM 27090010), representando 3,84% das importações, com um valor total de US＄ 4,6 bilhões. Em segundo lugar, no mesmo período, o óleo diesel (código NCM 27101921) ocupou a posição com 3,66% do total de importações, o que equivale a US＄ 4,4 bilhões.
Para finalizar a lista, em terceiro lugar, estão os fertilizantes (código NCM 31042090), que correspondem a 2,13% das importações (US＄ 2,5 bilhões).
“Nós visualizamos que existe uma pulverização clara nos produtos importados no Brasil. Fertilizantes químicos e óleos combustíveis do petróleo acabam liderando, mas produtos da indústria da transformação também ganham uma representatividade neste levantamento”, finaliza Abdu.
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