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Ministro do Supremo Tribunal Federal defendeu que, sem habilidade e qualidade dos políticos brasileiros, não teríamos quadro de normalidade institucional

Foto: Rosinei Coutinho-SCO-STF
“Não se realiza nem se desenvolve democracia sem política e sem políticos”, declarou ele | Foto: Rosinei Coutinho-SCO-STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, defendeu nesta terça-feira (29/11) a classe política brasileira, sem a qual, segundo ele, não haveria a segurança institucional que hoje se observa no país.

Ele discursou durante a abertura de um evento organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para debater a reforma política. “O Brasil, apesar dos pesares, de todos os problemas, logrou produzir uma classe política de excelência”, afirmou o magistrado.

“Estamos prestes a celebrar 30 anos da Constituição de 1988, num quadro de normalidade institucional, isso também graças à habilidade e à qualidade de nossos políticos”, disse Mendes. “Não se realiza nem se desenvolve democracia sem política e sem políticos”, acrescentou.

Em seguida, Mendes foi a uma audiência pública na Câmara sobre o mesmo assunto, reforma política, onde criticou o sistema de financiamento somente por pessoas físicas, utilizado pela primeira vez nas eleições municipais deste ano. O presidente do TSE disse ser “evidente” que houve o uso de números de Cadastro de Pessoa Física (CPF) de laranjas para alimentar o Caixa 2 de campanhas.

Ele afirmou ainda que, na sua convicção, a Operação Lava Jato, responsável por expor as “entranhas” dos sistema financeiro da política brasileira, irá obrigar a uma mudança no sistema eleitoral.