O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, marcou para a próxima semana os interrogatórios dos réus no inquérito da trama golpista. O plano tinha como objetivo impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Moraes determinou que os interrogatórios serão presenciais e ocorrerão na sala de audiências da 1ª Turma do STF. Apenas o ex-ministro Walter Braga Netto, que está preso, será ouvido por videoconferência.

O primeiro a prestar depoimento será o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada no âmbito do inquérito. Após isso, os demais réus do chamado núcleo crucial da tentativa de golpe serão ouvidos em ordem alfabética.

São eles:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

A oitiva começará às 14h e deve se estender até as 20h. Caso seja necessário, as audiência continuarão até a sexta-feira, 13. Os réus têm o direito de permanecer em silêncio, porque a Constituição reserva o direito aos acusados de não produzir provas contra eles mesmos.

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