O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta que seus dois indicados ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu governo podem barrar a inelegibilidade de oito anos imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho de 2023. Em entrevista ao Poder 360 nesta terça-feira, 15, Bolsonaro lembrou que o atual presidente do TSE, ministro Cássio Nunes continuará no comando do órgão que terá André Mendonça na vice-presidência.

Vou entrar com o pedido de candidatura e o TSE no momento certo vai decidir. Vai estar presidente do TSE o Cássio Nunes e o vice vai ser o André [Mendonça] e o TSE decide”, afirmou. Questionado sobre a inelegibilidade, Bolsonaro disse que está inelegível por que “reuni com embaixadores e subi em carro de som do Silas Malafaia. Não tem cabimente, não gastei um centavo nisso, abuso de poder político por reunir com embaixador? É privativo do presidente da República convocar embaixadores e não do senhor Fachin [Edson], do STF”, disse.

Ele defendeu ainda que todos os partidos têm que ter candidatura no primeiro turno e que conversou com Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, Ronaldo Caiado e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.

Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meio de comunicação em reunião com embaixadores, em julho de 2022. Nessa reunião, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro difamou o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial às vésperas do início do período eleitoral.

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