Para pré-candidato do PTB, discussão sobre candidato único da base governista está fora de hora 

Bittencourt durante entrevista ao Jornal Opção | Foto: Marcello Dantas
Bittencourt durante entrevista ao Jornal Opção | Foto: Marcello Dantas

Apesar de já ter procurado todos partidos aliados ao Palácio do Planalto para discutir a sucessão em Goiânia, o pré-candidato Luiz Bittencourt (PTB) afirmou que a articulação para um nome único da base para a disputa pela Prefeitura de Goiânia está fora de hora.

Segundo ele, fica difícil (para todos) retirar o nome, pois compromissos já foram feitos e, em geral, as pré-campanhas têm avançado. “Como a eleição será em dois turnos, temos que pensar em união para o segundo turno, não agora”, declarou o engenheiro em entrevista ao Jornal Opção,

A afirmação vem após o pré-candidato tucano Giuseppe Vecci sugerir publicamente uma união entre os postulantes governistas em torne de um único nome para enfrentar os populistas Iris Rezende (PMDB) e Delegado Waldir (PR) — que lideram as pesquisas de intenção de voto.

“Vejo que é uma discussão que já passou, um assunto que não estamos mais discutindo. O PTB está pronto para a disputa, estamos desenvolvendo um plano de governo técnico, com propostas inovadoras e voltado para a população. Não faremos alianças fisiológicas, queremos combater o ‘jeito velho de se fazer política'”, argumentou.

Bittencourt destaca que foi o próprio PSDB que impôs a condição de candidatura própria. “No começo, eu conversei com todos os presidentes de partidos e foi justamente o PSDB que bateu o pé, dizendo que não abria mão de ter seu candidato”, lembra.

Com isso, o PTB do deputado federal Jovair Arantes — relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara — segue firme com o nome de Luiz Bittencourt. “Como foi uma condição imposta por eles [PSDB], não temos compromisso com nenhuma outra candidatura no primeiro turno”, assegurou o pré-candidato.

Ainda de acordo com Bittencourt, o PTB construiu um roteiro “sólido” de como pretende tocar a pré-campanha: “Será comedida, sem abuso de poder econômico e nem acordos espúrios apenas para ganhar eleição. Defenderemos teses, falando com sinceridade à população goianiense. É isso que o momento pede. Não estamos mais preocupados com aliança,”

A exato um mês para o prazo limite das convenções partidárias, a base do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), conta com quatro nomes: Giuseppe Vecci (PSDB), Francisco Júnior (PSD), Luiz Bittencourt (PTB) e Vanderlan Cardoso (PSB) — este se considera “independente”, mas o PSB, pelo menos na Assembleia Legislativa e no Senado, compõe com a base governista.