*Com informações de Pedro Moura

Uma bebê com apenas 25 dias de vida morreu na noite do último sábado, 27, em Goianira. A suspeita da Polícia Civil de Goiás (PCGO) é que a criança já tenha dado entrada na emergência sem apresentar sinais vitais. Segundo o Conselho Tutelar, a morte da bebê, identificada como Jade Gabrielly, pode ter ocorrido por negligência da família.   

O órgão de proteção dos direitos da criança e do adolescente investigou e apurou que a mãe, de 19 anos, estava fazendo o uso de bebida alcoólica durante todo o sábado. Além disso, Jade é neta da mulher que foi presa no dia 11 de abril deste ano por crime de tortura física e psicológica.

Autuada em flagrante pela Polícia Civil, a avó foi presa por agredir uma de suas filhas, uma criança de apenas 10 anos de idade. Na época, a vítima fugiu de casa após levar uma surra da mãe, sendo encontrada e atendida pelo Conselho Tutelar, que apresentou o caso na Delegacia de Polícia de Goianira. Além das marcas no corpo, a criança também apresentava sangramento.

O fato da morte da bebê aconteceu na mesma casa onde mora a família. O Conselho Tutelar de Goianira reitera que os primeiros dias de vida de um recém-nascido exige atenção redobrada de toda a família. Caso alguém presencie alguma situação de maus trautos a crianças e adolescentes, a denúncia deve ser feita pelo número (62) 98145-2630.

Em casos de morte, especialmente quando há circunstâncias duvidosas ou preocupantes, como suspeita de negligência, é necessário aguardar o laudo médico para obter uma compreensão mais clara do que aconteceu. A Polícia Técnico-Científica fez perícia no local e o laudo deve sair na próxima semana.

Como o nome dos envolvidos não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa. Procurada pelo Jornal Opção, a delegada que investiga o caso, Carla Monteiro, não atendeu às ligações.

Prisão da avó

Criança de 10 anos vítima de tortura. | Foto: PCGO

No dia 11 de abril, a avó da bebê de 25 dias foi presa em flagrante por tortura física e psicológica contra uma criança de 10 anos. Após diligências da PCGO, percebeu-se que os fatos noticiados extrapolavam a situação de maus-tratos, com características evidentes de tortura física, antiga e recente, e psicológica permanente perpetradas pela genitora em face da criança.

Em razão da situação flagrancial, a genitora e a irmã mais velha foram conduzidas à Delegacia, onde a mãe foi autuada em flagrante. A irmã foi ouvida e liberada. A investigada ficou à disposição do Poder Judiciário.