Na madrugada deste sábado, 14, um homem de 29 anos foi preso após levar seu filho de 1 ano e 9 meses já sem vida ao Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara, em Goiânia. O homem, segundo informações da polícia, chegou à unidade de saúde pedindo socorro, afirmando que ao em casa encontrou a criança desacordada.

Ele relatou que ao pegá-lo no colo a criança acabou caindo acidentalmente enquanto ele tentava reanimá-la, alegando que o bebê teria caído ao ser sacudido de forma involuntária. Porém, a versão apresentada pelo pai foi contradita pela mãe do bebê, que também foi ouvida pelas autoridades. Ela informou que, no dia anterior ao ocorrido, um armário teria caído sobre a criança, o que possivelmente resultou nas lesões que levaram à morte.

Diante das informações conflitantes e da gravidade do estado da criança, os policiais presentes no hospital decidiram que o homem seria levado para a Central de Flagrantes para prestar depoimento, a fim de esclarecer as circunstâncias da morte.

Ao chegar no hospital, a equipe médica constatou que a criança apresentava diversos ferimentos, especialmente na cabeça e na região cervical, além de marcas em outras partes do corpo. As lesões indicavam que a morte não parecia ser acidental. O corpo do bebê foi submetido a uma perícia cadavérica, que foi requisitada pela Polícia Civil para determinar as causas precisas da morte.

O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) emitiu uma nota oficial confirmando a chegada da criança à unidade desacordada e em parada cardiorrespiratória. Segundo a nota, o bebê foi imediatamente atendido pela equipe assistencial composta por enfermeiro e médico, que seguiram os protocolos de reanimação. A criança não resistiu.

A nota ainda destaca que a chegada do bebê ocorreu por volta de 1h30 da madrugada e que, apesar dos esforços da equipe médica, a morte foi confirmada. Confira a nota na íntegra no final do texto.

A Polícia Civil iniciou imediatamente as investigações. Além do depoimento do pai, foram ouvidas testemunhas, incluindo a mãe da criança e outros familiares, e uma análise cuidadosa das evidências coletadas no hospital. A partir dos relatos contraditórios e da gravidade dos ferimentos encontrados na criança, a polícia considerou que havia indícios suficientes para manter o pai preso.

O delegado responsável pelo caso afirmou que os elementos apresentados durante a investigação, como a natureza das lesões e as versões conflitantes do casal, eram suficientes para caracterizar a morte como homicídio, com a autoria já delineada.

Ao final dos depoimentos e da análise preliminar, a Polícia Civil decidiu manter o homem detido, considerando que as evidências apontavam para sua possível responsabilidade na morte da criança. O caso segue em investigação, com o objetivo de esclarecer todos os detalhes da tragédia. As autoridades aguardam os resultados da perícia cadavérica e de outras diligências que possam contribuir para o esclarecimento completo do ocorrido.

Nota na íntegra

“O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) informa que o bebê citado chegou à unidade a 1h30 desacordado, com parada cardiorrespiratória. Foi imediatamente atendido pela equipe assistencial (enfermeiro e médico) com protocolos de reanimação, mas não resistiu.

Assessoria de Imprensa Fundahc/UFG
14/12/2025″

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