Jayme Rincon avalia que o democrata não agregaria em votos à chapa marconista, pois quem vota nele também vota em Marconi Perillo. Para ele, terceira via não terá expressão e Marconi e Iris vão polarizar novamente

A base governista está ciente da decisão do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) em compor na chapa encabeçada por Iris Rezende (PMDB) na vaga ao Senado. A informação relativa ao democrata ainda não foi oficializada, mas tem ganhado força no meio político e foi publicada pelo Jornal Opção Online em primeira mão na tarde de quinta-feira (12/3) após declarações de peemedebistas, tendo repercutido também em outros veículos nesta sexta-feira (13). A definição teria sido selada em conversa entre Caiado e Iris na última terça-feira.

De acordo com o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincon, pessoa diretamente ligada ao governador Marconi Perillo (PSDB), de fato houve articulações nacionais para levar Caiado para a chapa marconista, mas, como ressaltado em entrevistas anteriores, a palavra final seria de Marconi Perillo.

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“Não teria como o governador abrir mão de duas pessoas que sempre o defenderam”, comenta Jayme Rincon quanto à permanência de José Eliton (PP) e Vilmar Rocha (PSD) como pré-candidatos a vice e senador. Na avaliação do tucano, diferentemente do que é pregado por defensores da composição com o democrata, Caiado, não necessariamente, agregaria votos à chapa governista, “porque os eleitores do Caiado são os mesmo do Marconi.” Jayme Rincon abordou recentemente em matéria do Jornal Opção Online a atuação do democrata caso viesse a compor com a base novamente, quando disse considerar estranho o afastamento de Caiado. “Alguma coisa está errada nessa atuação. Como que alguém que tem interesse em fazer parte do nosso projeto se reúne todo dia com nossos adversários?”, comentou o tucano no último dia 6.

No que se refere aos números da pesquisa do instituto Verus divulgada nesta sexta-feira, na qual Iris Rezende (PMDB) aparece em primeiro na estimulada e também com certa vantagem em hipotético segundo turno, Jayme Rincon afirma que pesquisas internas mostram outro cenário. Os porcentuais, conforme explicou, não podem ser divulgados porque o levantamento, do Ibope, não foi registrado e serve somente para análise da base.

“O embate com Iris vai ser acirrado, uma briga boa”, avalia Jayme Rincon, que acredita na polarização histórica entre o peemedebista e o tucano, o que por sua vez demonstra inexpressividade da terceira via, na qual se encontra Vanderlan Cardoso (PSB) e Antônio Gomide (PT).