Os criminosos que invadiram a casa e fizeram a secretária do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Andréa Vulcanis, refém, em julho deste ano, disseram, em meio às ameaças, que também estavam “acompanhando outras autoridades do governo”. A revelação foi feita pela própria secretária, com exclusividade ao Jornal Opção. Na ocasião, três suspeitos de cometer o crime foram presos.

A secretária conta que o trauma daquele início de manhã de domingo, 30 de julho, afetou sua vida cotidiana e ainda provoca mal-estar. Apesar disso, ela diz que já retomou os trabalhos na Secretaria e que, apesar da angústia, tem “seguido com a vida”.

Durante as quatro horas em que ela e os familiares foram mantidos reféns, os homens pegaram objetos pessoais, joias, realizaram transferências bancárias e fizeram ameaças. “Arma na cabeça, amordaçada. Estou seguindo a vida, mas às vezes dá uma angústia”, lembra.

Os bandidos, relata Vulcanis, deram a entender que sabiam quem ela era e o cargo que ocupava. Segundo a secretária, os homens expuseram que sabiam de sua rotina rotina, seus horários e de sua família.

A titular da Semad revelou desconfiar que pessoas próximas a ela deram detalhes de sua rotina aos bandidos, o que teria facilitado a invasão.

Na ocasião, os criminosos fugiram em dois veículos da família. Os dois primeiros suspeitos foram presos pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) em Águas Lindas de Goiás. Já o terceiro suspeito foi capturado no Recanto das Emas (DF) pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e com ele o outro veículo roubado foi recuperado.

Em nota, a PCGO informou que “o caso que ocorreu com a secretária Andrea está com a PCDF [Polícia Civil do Distrito Federal]”, mas que “as investigações da Polícia Civil são sigilosas. “Mesmo que haja linha de investigação neste sentido, os procedimentos são sigilosos e a PCGO não pode informar a respeito”.

Já a PCDF declarou que, até o momento, não tem “atualização sobre esse caso”.

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