Balestreri defende inteligência e conhecimento científico no combate à criminalidade
10 março 2017 às 19h16
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Novo secretário de Segurança Pública foi apresentado aos servidores e disse que é preciso “antecipar ações de criminosos” para evitar que novos delitos sejam cometidos
“Vamos trabalhar com foco em inteligência e conhecimento científico, nos antecipando às ações de criminosos e, assim, evitar que novos delitos sejam cometidos”, disse o novo secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Ricardo Balestreri, ao ser apresentado nesta sexta-feira (10/03) aos servidores da pasta.
Balestreri afirmou que assume a SSPAP com o entendimento de que, enquanto gestor público, tem a responsabilidade de exercer as atribuições enquanto serviço. “Cabe a nós trabalhar diuturnamente para melhorar a vida da população”, defendeu. Ele se referiu aos policiais como “heróis que diariamente cuidam de nós” e que, por isso, “devemos cuidar bem deles”.
O novo titular da SSPAP também esclareceu que, ao contrário do que foi divulgado por alguns veículos de comunicação, não defende a ideia de simplesmente “esvaziar presídios”. Segundo afirma, foi uma interpretação equivocada. “O que acredito é que, em alguns casos, devemos discutir penas alternativas, mas que sejam eficientes”, explicou.
O evento também foi marcado por homenagens ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na quinta-feira (9). Balestreri citou a experiência bem-sucedida de combate à criminalidade na Colômbia lembrando que um dos professores que planejaram as mudanças na segurança local disse sem pestanejar: o que fez a grande diferença no país foi a presença mínima de 30% de mulheres nas tropas.
No evento desta sexta-feira (10), estiveram presentes o superintendente executivo da SSPAP, coronel Edson Costa; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Divino Alves; o delegado geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio; o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Divino Aparecido de Melo; a superintendente de Polícia Técnico-Científica, Rejane Barcelos; e a superintendente do Procon, Darlene Araújo.
Investimento
Em pronunciamento anterior, Balestreri disse que “muitas vezes, a tecnocracia olha para a segurança pública como gasto, e não como investimento”. Conforme salientou, a crise no setor pode retardar, atrasar ou fazer retroceder o desenvolvimento do país.
O secretário reconhece que há em Goiás um esforço no sentido de reduzir os indicadores de criminalidade com a execução de programas como o Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual e também o Pacto Social Goiás Pela Vida, de caráter multissetorial.
Balestreri é um defensor da gestão pública de segurança que concilie conhecimento científico com sabedoria advinda da prática. “É a ciência aplicada que reduz crime e violência”, acentua. “Não sou de gabinetes, sou prático, e há 28 anos trabalho com policiais e bombeiros. Há uma sabedoria que vem das ruas. Mas temos que superar no Brasil essa dicotomia entre conhecimento e prática”.
Para ele, é preciso ser prático, mas ter conhecimento comparado, perceber o que está dando certo em cada país, em cada lugar, e usar o melhor dessas experiências para fazer o melhor.