Sub-relator da comissão na Câmara dos Deputados, tucano avalia que depoimentos do ex-presidente e de Fernando Pimentel darão credibilidade aos trabalhos

Sub-relator da CPI do BNDES, Alexandre Baldy | Foto: Agência Câmara
Sub-relator da CPI do BNDES, Alexandre Baldy | Foto: Agência Câmara

Os depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) Fernando Pimentel darão credibilidade aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as atividades do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) entre os anos de 2003 e 2015.

As convocações se tornam mais iminentes após o “O GLOBO” divulgar, no último sábado (18), que o petista admitiu em depoimento ao Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) que pode ter entregue ao ex-ministro uma carta de Cuba pedindo um financiamento do BNDES, órgão que é subordinado ao ministério.

Mas a missão não parece ser fácil, já que existem requerimentos que precisam do apelo popular para ser aprovados. Segundo o sub-relator da CPI, o deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO), é preciso investigar os indícios de tráfico de influência para manter a credibilidade da comissão.

“Temos evidências de que Lula fez tráfico de influência para garantir empréstimos do BNDES a países como Cuba, África e Angola. Outras evidências mostram que Pimentel, enquanto ministro e presidente do Conselho do BNDES, interferiu nas decisões do Banco. Esses fatos são mais que suficientes para que os integrantes da CPI tenham bom senso e aprovem sua convocação”, pontua o tucano.

Baldy relata também que é importante entender quais foram as empresas privilegiadas no momento da concessão do empréstimo e por que se tornaram preferidas pelo BNDES. “Isso me leva a crer que o ex-presidente foi o responsável pela escolha de quem seriam os mais beneficiados pelos empréstimos”, avalia.