Baldy perde espaço e Afrêni se viabiliza para presidência estadual do PSDB
13 maio 2015 às 10h44
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Jornal Opção Online apurou que deputado federal tem sofrido desgaste interno e atual diretor da Saneago assumiu a dianteira na disputa
O deputado federal Alexandre Baldy tem trabalhado internamente para se viabilizar à presidência do PSDB de Goiás. Há algumas semanas, o neoeleito chegou a receber aceno positivo do governador Marconi Perillo, bem como apoio público de deputados e do ex-senador Cyro Miranda.
No entanto, desde que o ex-deputado estadual e atual diretor da Saneago, Afrêni Gonçalves, entrou na disputa, Baldy tem perdido espaço dentro do partido. De acordo com integrantes do tucanato goiano, o deputado federal, apesar de ser competente e bom articulador, é inexperiente.
O Jornal Opção Online apurou ainda que a “ciumite” pesa contra Baldy. Isso porque outros deputados — federais e estaduais — estariam reclamando nos corredores palacianos (alguns até publicamente) da preferência pelo representante de Anápolis.
Para evitar futuros desconfortos, o governador Marconi Perillo — que é quem realmente decide –, embora goste da ideia de ter alguém com mandato comandando o partido, estaria se dissuadindo da tese.
Os mais antigos dentro do PSDB (leiam-se os Santilistas) também têm dificuldades em aprovar o nome de Baldy. Principalmente porque, com o ex-secretário Rafael Louza no diretório metropolitano — nome já escolhido e aprovado pelo governador –, alguns alertam que um mesmo grupo estaria comandando o partido.
Não obstante, a residência oficial de Baldy é Brasília, o que, indiscutivelmente, atrapalharia a resolução de eventuais problemas em Goiás. Por isso, Afrêni, que foi líder do primeiro governo Marconi na Assembleia e é “protegido” da primeira-dama Valéria, tem se viabilizado para o posto, atualmente ocupado por Paulinho de Jesus.
Balança
Paulinho este que não apoia nem Afrêni, nem Baldy: quer Sérgio Cardoso — nome consensual dentro do partido, mas pouco provável, haja vista que é cunhado do governador. Sérgio deve tomar outros rumos, como uma vaga de conselheiro no TCM ou, até mesmo, no TCE.
Por outro lado, como bom conciliador, Paulinho gosta dos dois candidatos. Elogia a força de Baldy e aplaude a dedicação de Afrêni.
Com o governador nos Estados Unidos, as articulações para o cargo estão mornas — mas não pararam. A eleição ocorre na segunda quinzena de junho e uma coisa é certa dentro do partido: “Não haverá disputa. O PSDB chegará unido para apenas ungir o escolhido ao cargo”.
Em encontros recentes, Afrêni tem dito a aliados que “seu nome está disponível e que quer trabalhar pelo partido”. Conversa de quem sabe bem qual lugar ocupa na disputa: o da liderança.