Autoridades responsáveis pela segurança nos Três Poderes elaboraram um esquema de segurança abrangente para garantir o ato democrático agendado para o dia 8 de janeiro de 2024.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs o evento para celebrar a vitória da democracia sobre a tentativa malsucedida de golpe de Estado ocorrida um ano antes, em 8 de janeiro, promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com os resultados das eleições de 2022.

O plano integrado de ações, a ser apresentado até 4 de janeiro, visa assegurar a segurança e o sucesso do evento.

Para facilitar a coordenação de esforços e a troca eficiente de informações, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, realizou uma reunião nesta terça-feira (26) com representantes das polícias Federal e Rodoviária Federal, assim como do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Secretaria Nacional de Segurança Pública e líderes de segurança do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Na quinta-feira da semana que vem (dia 4 de janeiro), a gente assina um plano de ações integradas, definindo o que cada um fará”, disse Cappelli à Agência Brasil, ao deixar o Centro Integrado de operações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Segundo o secretário-executivo, o evento – que contará com a presença dos presidentes dos Três Poderes, bem como de governadores, parlamentares, representantes da sociedade civil, ministros e presidentes de tribunais de justiça estaduais e de assembleias legislativas, será “um ato de celebração democrática, com todas as autoridades do Brasil; e um momento de festa para celebrar a democracia revigorada após os atos inaceitáveis do dia 8 de janeiro de 2023”.

Monitoramento

Para que tudo dê certo, Cappelli diz que um trabalho para monitorar “ameaças de ataques às instituições democráticas” vem sendo feito, mas que, até o momento, não há nada que gere maior preocupação. “Mas o trabalho [preventivo, de prontidão e de monitoramento] é fundamental para que tudo corra bem”, complementou

O secretário reiterou que manifestações contrárias ou a favor do governo são “sempre bem-vindas e absolutamente naturais”, uma vez que o Brasil é um país livre e democrático, mas que PRF e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estarão, até o dia 8, monitorando “qualquer movimentação atípica relacionada a atos que ameacem os poderes”.

“Volto a dizer: o Brasil é um país livre democrático. As manifestações são sempre bem-vindas e próprias da democracia. O que vamos monitorar são iniciativas que atentem contra os poderes constituídos”, enfatizou o secretário.

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