Autismo: psicólogas goianas explicam o que é e como identificar
02 abril 2024 às 17h14
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Nesta terça-feira, 2, celebramos o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Muitas vezes confundido por leigos com uma doença, o que está longe da realidade, o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é, na verdade, um transtorno do neurodesenvolvimento, o que significa que algumas funções neurológicas do indivíduo não se desenvolvem como deveriam, resultando em prejuízos ou alterações de comportamento, interação social e comunicação.
Mas por que é tão importante conhecer melhor o TEA e aprender a identificá-lo, assim como lidar com ele? Conforme projeto de divulgação promovido pela psicopedagoga e psicomotricista Gláucia Brito, com apoio da psicóloga infantil Thaís Rossi, ambas goianas, a última pesquisa realizada pelo Centro de Controle de Prevenção e Doenças (CDC) dos EUA, uma a cada 36 crianças é diagnosticada com TEA. “Então, a qualquer momento você pode ter uma criança autista no seu convívio”, explicam as especialistas.
Nesse cenário, é importante que a pessoa possa se preparar, com a aquisição de conhecimento, para: ajudar seu filho ou filha a ser mais inclusive quando tiver um colega autista na escola; exercer a empatia ao ver uma criança em crise, não julgando seus pais, pois o comportamento não é “birra” ou “malcriação”, além de entender quando ver uma criança TEA em uma fila preferencial, por exemplo.
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Vale lembrar que o cordão de quebra-cabeça colorido é usado para identificação de pessoas com TEA.
As psicólogas destacam que, por não se tratar de uma doença, o TEA não tem cura, “mas tem tratamento para possibilitar um melhor desenvolvimento e mais qualidade de vida”.
O tratamento em questão ocorre a partir de terapias intensivas acompanhadas por psicólogos, psicopedagogo, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, psicomotricista, entre outros.
Como identificar o autismo
Identificar o TEA em uma criança é um processo que leva tempo. Para isso, os adultos responsáveis podem ficar atentos aos sinais. Veja alguns deles, segundo Gláucia Brito e Thaís Rossi, que enfatizam que estes sinais “não compreendem um diagnóstico, apenas são um alerta para consultar um especialista”.
- Aos 4 meses: a criança não emite sons com a boca; não sustenta a cabeça; não acompanha objetos que se movam em sua frente; não leva objetos ou as mãos à boca.
- Aos 6 meses: não responde a sons emitidos próximos a ele; não emite vocalizações; não tenta pegar objetos; perdeu habilidades que já possuía.
- Aos 9 meses: não senta, mesmo com ajuda; não balbucia; não atende ao próprio nome; não olha para onde você aponta; não responde às tentativas de interação.
- Aos 12 meses: não faz ou não sustenta contato visual; não engatinha; não procura objetos que viu serem escondidos.
- Aos 2 anos: não fala frases com duas palavras que não sejam imitação; não imita ações ou palavras; não segue instruções simples; anda de forma desequilibrada.
- Aos 3 anos: fala pobre ou incompreensível; não compreende comandos simples como sentar, pegar; não há interesse em brincar com outras crianças; não consegue brincar de faz de conta; perdeu as habilidades que já possuía.