Aumento médio nas contas de luz da Celg será de 21,64%

09 setembro 2014 às 12h02

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Com base no porcentual autorizado pela Aneel, a companhia goiana poderá reajustar em até 19,85% as contas de energia elétrica de residências e comércios, e em até 24,97% as de indústrias de alta tensão
Ficou em 21,64% a média do reajuste tarifário anual na conta de luz dos clientes da Companhia Energética de Goiás (Celg). O porcentual é autorizado anualmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que divulgou nesta terça-feira (9) pela manhã os tetos tarifários a serem empregados pelas fornecedoras de energia do País. Em Goiás, o reajuste começará a valer a partir da próxima sexta-feira (12/9).
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Com base no porcentual fixado, a Aneel autorizou a Celg reajustar em até 19,85% as contas de energia elétrica de residências e comércios, e em até 24,97% as de indústrias de alta tensão, sendo que a empresa tem autonomia de empregar um porcentual menor em ambos os casos. O porcentual médio de 21,64% irá vigorar até 11 de novembro de 2015, conforme Resolução Homologatória a ser publicada no Diário Oficial da União.
Os cálculos para o reajuste levam em consideração o Índice de Reajuste Tarifário (IRT) Financeiro –– custos não gerenciáveis, como a aquisição da energia das hidrelétricas e termoelétricas –– e o IRT Econômico –– cálculo aproximado da receita necessária para cobrir custos e investimentos esperados para os próximos 12 meses.
A companhia goiana havia pedido anteriormente reajuste na ordem de 29%, mas readequou o porcentual para 21,94% após averiguar dados mais recentes do mercado de energia elétrica. Com o novo reajuste, a Celg D passa da 52ª posição no ranking tarifário divulgado no site da Aneel no último dia 4 para a 33ª tarifa mais barata.
Os consumidores de energia elétrica em Goiás não têm suas contas reajustadas neste porte há cinco anos, por conta de penalidade imposta à Celg pelo Ministério de Minas e Energia por, no governo anterior, a companhia não ter conseguido realizar o equilíbrio financeiro. “O reajuste da tarifa não é do desejo da administração da Celg e independe de forças políticas. É fruto de um cálculo muito complexo e que é imposto pela Aneel todos os anos”, fez questão de ressaltar o vice-presidente da CelgPar e diretor de regulação da CelgD, Elie Chidiac, em entrevista ao Jornal Opção Online na semana passada, quando abordou a expectativa quanto ao porcentual que viria a ser autorizado pela agência.
Nesta terça-feira (9), Elie Chidiac destacou à reportagem que os reajustes anuais autorizados pela Aneel independem da melhoria na qualidade na prestação dos serviços, por estar previsto no Contrato de Concessão a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das fornecedoras. “O reajuste é simplesmente a cobertura dos custos não gerenciáveis e o repasse da inflação no período/ano. Para obter a melhoria dos indicadores de qualidade serão necessários investimentos no sistema de distribuição desta concessionária”, explicou.