Evento proposto pelo vereador Tayrone di Martino contou com representantes de lojistas, da prefeitura e população

Mobilidade urbana e corredores preferenciais de ônibus foram assunto de audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (12/5) na Câmara Municipal de Goiânia. O evento, proposto pelo vereador Tayrone di Martino (sem partido), lotou o auditório da Casa.

Após a apresentação da mesa, formada por representantes da Prefeitura de Goiânia, do Governo de Goiás, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO), do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas), da SOS Mobilidade e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), o microfone foi aberto para a população.

Os cidadãos criticaram o prefeito Paulo Garcia (PT) e pediram maior diálogo com o Paço, além de questionarem a falta de planejamento a longo prazo tanto nas gestões municipal quanto estadual e a forma de implantação dos corredores preferenciais na capital.

Cristiano Caixeta, dono de lojas localizadas nas avenidas T-63 e dos Alpes, falou sobre o impacto dessas obras no comércio. “A implantação dos corredores da forma como foi feita levou mais de 80 lojas a fecharam na T-63 e, na nossa loja, tivemos um prejuízo de quase 40% de queda nas vendas”, disse.

“Mais de 5 mil pessoas foram impactadas, porque são os lojistas, os funcionários, as pessoas que fazem os produtos, as pessoas que entregam os produtos, os que revendem”, asseverou o comerciante, que reclama da falta de proximidade da prefeitura com a população.

José Eduardo Yaghi, colaborador da SOS Mobilidade Goiânia, entidade formada por empresários, reitera a seriedade da situação. “A SOS Mobilidade não surgiu de uma ideia, surgiu de um grito de socorro. Quando você fala em desemprego, você fala de um impacto negativo nas famílias goianienses”, falou.

Tayrone garantiu que esse foi o primeiro de muitos eventos que serão realizados. O vereador disse que em breve pretende promover outra reunião para planejar ações práticas para melhorar o trânsito de Goiânia, tendo como foco a mobilidade urbana.

“Esse tipo de atitude teria que vir do Executivo, mas nós podemos fazer para pressionar”, afirmou Tayrone. “Nós precisamos do diálogo, porque ninguém é dono da razão, a razão vem do coletivo”, concluiu.