“Não é nossa culpa! Nascemos já com uma benção. Mas isso não é desculpa pela má distribuição. Com tanta riqueza por ai onde é que está cadê sua fração! Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando a ajuda de Deus?” (P.R)

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Um exercício mental que todos já fizeram ou deveriam fazer seria tentar enxergar o Brasil olhando para ele de fora!

Não precisava ser aquela visão global onde podem ser vistos todos os países e até continentes. Ainda não, pois essa visão integrada e globalizada tão decantada e exaltada nas últimas décadas não significou nada em relação à idéia primitiva que todos fazemos parte de um mundo único.

Muito longe disso, nos últimos tempos assistimos a aldeia global se transformando a cada pulsar em uma panela de pressão onde os recursos e a produtividade desliza numa gangorra quebrada que só flui em direção a mínima parcela da humanidade.

E o nosso país é um recorte do que acontece no mundo. Olhado de longe, até nos mesmos teríamos uma “deflexão” (mistura de reflexão com depressão) e, assustados, diríamos como podemos sobreviver em meio ao caos que agora ganha corpo, que agora se materializa barbaramente?

Há 30 anos atrás as condições eram as mesmas, “pois apesar de termos feitos tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”. Lá naquela época muita gente fazia projeção de como seria o ano 2000, como estaria a sociedade em maio de 2014?

Em meio ao Tédio e aos 30 anos do Biquini Cavadão (uma das melhores bandas de show no palco), todos imaginavam um mundo dinâmico, com transporte aéreo, quase todo mundo se deslocando no conforto da tecnologia, as pessoas trabalhando e estudando e tendo compromisso pessoal, social e ambiental…

Os lideres estudantis ou de grupos ainda assumiriam os governos e sonhando em mudar o mundo pensavam que quando fossem vereadores, prefeitos e deputados não ficariam em cima do muro quando fossem eleitos. Para isso, faziam promessas e até barganha com Deus declarando ser o melhor dos homens quando fossem líder!

Barganha… Já era o prenuncio do real! Do que se vê hoje.

De longe esse país parece um desgoverno! Parece? De longe ele assusta, pois batemos o recorde de violência, no país se mata mais do que muitas guerras a cada ano. De longe o país parece uma selva, de pedra ou não, uma selva de buracos onde vive a corrupção, uma selva onde a marginalidade cresce e a impunidade assenta mansamente no colo de cada Juiz, de cada político, de cada líder e o povo pergunta: Alguém está ganhando com isso? Claro! E não somos nós!

Os sindicatos deveriam ser único: o sindicato da dignidade e da justiça e deveria ser proibido, olha que contradição, a criação de sindicatos que, muitas vezes, servem, ou seja, se servem do suor dos trabalhadores que sustentam bases com finalidade política. Poucos desses sindicatos atuam para defender o trabalho e o seu ator. Olha onde foi parar o maior líder sindical desse país!

E o Brasil? EmPTcou!!

Não só por isso, mais junto com uma história que nutre o parasitismo da nobreza (Políticos e empresários) com o sangue proletário da massa serviçal (a maioria). “Até quando esperar a plebe ajoelhar esperando ajuda do divino Deus?”

Há 30 anos a esperança era para um mundo melhor. 30 anos se passaram. Daqui a 30 anos em 2044, onde estaremos? Vale pensar, mesmo não estando!

Mas e agora, estamos aqui e o Brasil que se vê de longe é o mesmo que sentimos de perto, mergulhados na esperança que só não basta.

Imagine os países que devemos receber no mundial da copa, vão assistir uma briga de família do sofá da casa dela.