Buonaduce mais uma vez se destacou como o que conhece melhor a instituição, enquanto Lúcio Flávio e Enil mantiveram tom agressivo

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Os candidatos à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO) participaram de um debate realizado pela Rádio 730 na manhã desta terça-feira (24/11). A menos de uma semana para as eleições, alguns dos presidenciáveis mantiveram o mesmo discurso que vem sendo criticado durante toda a campanha.

A principal proposta de Lúcio Flávio Paiva, da chapa OAB que Queremos, é a criação de uma Procuradoria de Prerrogativas, com profissionais contratados por meio de concurso público e com salários equivalentes aos dos magistrados, o que geraria um gasto anual milionário para a Ordem.

Flávio Buonaduce, da OAB Forte, é contra a proposta e afirma que o trabalho de defesa das prerrogativas, que atualmente é realizado de forma voluntária por uma comissão integrada por mais de 90 advogados, precisa de melhorias, mas não pode ser desvalorizado.

Buonaduce explicou a Lúcio Flávio que o modelo no qual sua proposta de procuradoria se espelha, o do Conselho Federal, funciona com trabalho voluntário e que os procuradores atuam apenas em casos específicos, o que também já ocorre na seccional goiana. “O senhor deveria visitar o prédio da Ordem para verificar que lá já existe uma procuradoria instalada há cerca de dez anos”, afirmou o candidato da OAB Forte.

Já Enil Henrique, da OAB Independente, cujo desempenho em debates foi bastante criticado ao longo da campanha por causa da dificuldade para formular e responder questões e do uso do português incorreto, adotou uma estratégia imediatamente criticada nas redes sociais.

O candidato direcionou a Flávio Buonaduce uma pergunta sobre a polêmica envolvendo Lúcio Flávio em uma tentativa de esvaziamento dos eventos realizados pela Escola Superior de Advocacia (ESA), dirigida por um membro da OAB Forte. Sem fazer críticas diretas ao adversário, Buonaduce se limitou a afirmar que “qualquer tipo de prática na tentativa de esvaziar as ações da ESA é lamentável. Se sou advogado, tenho que defender a escola a ferro e fogo”.

A postura de Enil Henrique repercutiu nas redes sociais. “Enil perguntar para o Buonaduce sobre o caso ESA e não ao Lúcio Flávio, no debate, dando direito a explicação, demonstrou não uma certa malandragem, mas uma tremenda covardia”, postou um advogado.

Sobre esse e outros fatos que baixam o nível da campanha e também sobre o debate, Flávio Buonaduce da chapa OAB Forte pediu aos advogados que prestem atenção na postura, no currículo e nas propostas de cada candidato e que decidam de forma responsável o destino da instituição OAB e dos rumos para a profissão.