“As portas estão sempre abertas”, afirma Júlia Mazzutti sobre Cerrado Galeria
12 dezembro 2024 às 12h27
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Galerista e arquiteta, Júlia Mazzutti é diretora da Cerrado Galeria de Goiânia. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, ela compartilha detalhes inéditos sobre a escolha de abrir uma sede da galeria em Goiânia. De acordo com ela, a decisão veio devido ao crescimento econômico da região e também pela variedade e qualidade dos artistas locais.
Na ocasião, ela fala sobre sua trajetória profissional, que começou em Brasília, na UnB. Ela relata se entristecer, portanto, quando compara o cenário cultural das duas cidades, tão próximas geograficamente. “O mais paradoxal é que, aqui em Goiânia, e em Goiás, a gente tem artistas conhecidos mundialmente, como Siron Franco e Dalton Paula, que está agora na bienal de Veneza”.
E, portanto, esse foi uma das grandes motivações que levaram a galeria até a capital goiana. “Abrimos esse espaço em Goiânia no fim do ano passado pensando em trazer mais cultura para a cidade. O próprio nome já diz: Cerrado. Somos desse bioma tão característico, do centro do país”
Sobretudo, ela ressalta que a Galeria destaca os artistas locais, porque os idealizadores sentiam “que a galeria era uma ponta que precisava estar presente, acompanhando esses artistas e mostrando eles, não só aqui, mas em outros lugares também”. Na oportunidade, ela também fala sobre a necessidade de tornar a cultura mais acessível para as pessoas.
Cerrado Galeria
A galeria chegou em maio de 2023 em Goiânia, e atualmente representa o mais renomado artista de Goiás, Siron Franco. A Cerrado Galeria fica na Rua 84 nº 61, no Setor Sul, e funciona de segunda à sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 13h.
A arquiteta afirma que entrar em contato com obras de arte, diretamente, mas não através das telas, desperta noções de criatividade e sensibilidade, que, são uteis em qualquer ramo. “Todo mundo precisa desenvolver essas habilidades, de senso crítico, de olhar estético, visão poética, porque isso auxilia a gente e pode ser desdobrado em todas as ações humanas”.
De acordo com Mazzutti, o contato com as artes coloca as pessoas em um lugar de estímulo criativo e intelectual, mas simultaneamente também funciona como um espaço de descanso para a mente. “Todo mundo tem procurado muito por isso, e a arte é esse lugar de contemplação e introspecção”.
“A entrada é franca, não tem ingresso nem nada. E durante o período de funcionamento as portas estão sempre abertas”, ressalta Júlia. Ao ser questionada sobre o motivo dessa decisão, ela explica que é justamente porque não querem gerar nenhum tipo de constrangimento. “Para que as pessoas se sintam a vontade para entrar e usufruir daquele espaço”.
Confira a entrevista completa:
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