O objetivo de financiar a luta contra a Covid-19 e aprovar subsídios à pobreza e créditos a pequenas e médias empresas. Governo argentino prevê a arrecadação de US$ 3 bilhões

Foto: AlexPazuello /Prefeitura de Manaus

O Congresso argentino converteu em lei um imposto extraordinário aplicado às grandes fortunas, com o objetivo de financiar a luta contra a Covid-19 e aprovar subsídios à pobreza e créditos a pequenas e médias empresas, entre outras ajudas sociais urgentes.

A estimativa é que a nova lei atinja até 12 mil pessoas. A Argentina, a terceira maior economia da América Latina, está entrando em seu terceiro ano de recessão, com alta inflação e um forte aumento da pobreza.

O projeto foi aprovado no Senado por 42 votos a 26. A sessão foi transmitida ao vivo pelo YouTube nesta sexta-feira (4).

A aliança pró-governo fez valer sua maioria para aprovar o chamado “aporte solidário”, que tentará arrecadar o equivalente a cerca de 3 bilhões de dólares.

A lei é rejeitada energicamente pela maior força de oposição, a neoliberal Juntos pela Mudança, do ex-presidente Mauricio Macri, segundo a qual se trata de uma medida de confisco. A patronal mais influente, Associação Empresária Argentina (AEA), declarou que a mesma “afeta a propriedade privada e representa um golpe sobre os investimentos, a produção e o emprego, além de produzir um grande descontentamento”.

Estima-se que a contribuição, chamada popularmente de “imposto aos milionários”, atingirá entre 9 mil e 12 mil pessoas, em um país com 40,9% de seus 44 milhões de habitantes em situação de pobreza e uma taxa de desemprego de mais de 10%.

A Argentina ainda não superou a recessão, que se arrasta desde 2018 e foi agravada pela pandemia. (Com informações do G1)