Após um mês, obras da 90 têm pouca sinalização e prejudicam comerciantes
01 maio 2019 às 07h30

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Não cumprimento do cronograma de desvios e falta de orientação está entre as principais reclamações de quem vive na região

Com um cronograma apertado a cumprir, as obras do BRT no trecho da Rua 90 registram 30 dias desde que os trabalhos começaram. Entre reclamações de comerciantes e apontamento de falhas por moradores, trânsito do local segue confuso e pedestres têm dificuldades de locomoção.
No fim de março, quando a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) anunciou o plano de desvios, comerciantes já alertavam para o risco na queda de movimento no comércio, conforme reportagem divulgada pelo Jornal Opção. Após esse período, lojistas confirmam a redução do faturamento e criticam a falta de sinalização do local, o que estaria agravando os prejuízos.
Proprietária de uma papelaria da região, Vivian Marta relata que a loja possui uma maioria de clientes que chegam até o local a pé. Portanto a falta de faixas de pedestres, além do movimento confuso dos carros, estaria dificultando a chegada desses consumidores.
Desvios
Outro ponto citado é o não cumprimento integral dos desvios anunciados no inicio da obra. Nem lojistas nem consumidores sabem como será até novembro — mês previsto para a entrega das obras.
O principal ponto de congestionamento se localiza entre as praças do Cruzeiro e Delmiro Paulino. Por cerca de duas semanas, parte do trecho ficou transitável a todos os motoristas, o que não era previsto no plano da Seinfra.

Entretanto após esse período o Consórcio bloqueou o fim da via, liberada agora apenas para moradores. Só que sem sinalização, motoristas que entram no trecho só descobrem o bloqueio quando chegam à Praça Delmiro, causando filas de carro que tentam voltar na contramão.
Um morador da região que enfrenta as constantes mudanças nos desvios é categórico em afirmar que não houve planejamento adequado. Segundo Danilo Gomes, o aviso não foi dado com tempo suficiente para orientar todos os motoristas que passam pela região. O que causou os resultados negativos.
“Como o anunciado não foi executado e agora está sendo de forma paulatina e sem de fato uma conscientização da população, as pessoas estão se deparando todos os dias com intervenções diferentes, o que está resultando em um trânsito caótico”, afirma Danilo.
Planos e prazos
Conforme relatado por Albert Silva, gerente de uma loja Pet Shops, já é possível notar a redução acentuada no movimento. O plano em adotar outras estratégias de venda como tele-entrega não estão sendo suficientes. Para ele, é um formato que só daria certo a longo prazo, até que os clientes se adaptassem.
A proprietária da papelaria, Vivian Marta, disse que ainda não foi possível fazer um balanço de como a demanda se comportou, mas observa que há cada dia há um efeito diferente e define a situação como “instável”.
O presidente Sindicato dos Lojistas de Goiás (Sindilojas-GO), Eduardo Gomes, afirma que segue acompanhando a situação e buscando diálogo com a Prefeitura. Um dos pontos defendidos pelo sindicato e pelos lojistas é o cumprimento dos prazos.