Após silêncio de diretora da Precisa na CPI da Pandemia, Aziz questiona se houve crime
13 julho 2021 às 15h43
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Emanuela Medrades recusou-se a responder todo e qualquer questionamento. Ela teria sido a interlocutora da Precisa na tramitação do processo da Covaxin junto à divisão de importações do Ministério da Saúde
Durante a CPI da Pandemia nesta terça-feira, 13, o presidente, Omar Aziz (PSD-AM), consultou o Supremo Tribunal Federal (STF), para saber se a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, cometeu crime de falso testemunho ou desobediência ao ficar em silêncio durante depoimento. A audiência foi suspensa depois de a depoente se negar a responder todo e qualquer questionamento.
Segundo o portal Uol, o presidente do STF Luiz Fux reafirmou por telefone, que a diretora da Precisa pode se silenciar apenas para não se incriminar, seguindo o que prevê o habeas corpus obtido por Emanuela. Ao defender seu silêncio, ela usou o argumento de que prestou depoimento à Polícia Federal na segunda-feira, 12.
A expectativa dos senadores era de avançar na apuração da compra pelo governo federal da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. Emanuela teria sido a interlocutora da Precisa na tramitação do processo da Covaxin junto à divisão de importações do Ministério da Saúde. Portanto, ela é tida como peça fundamental do processo.
A Precisa fechou acordo com a União em fevereiro deste ano para vender 20 milhões de doses do imunizante, ao custo final de R$ 1,6 bilhão. Depois, o Ministério Público Federal (MPF), identificou indícios de crime no contrato, que foi suspenso no final de junho. Além disso, irregularidades foram denunciadas à CPI pelos irmãos Luis Miranda, que é deputado federal pelo DEM-DF e Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde.
*Com informações do UOL