Decisão da Justiça Federal de Brasília abre prescedente para atendimento de “reversão sexual”. Autarquia vai recorrer da sentença

Deputado federal João Campos (PRB) | Foto: Reprodução / Câmara Federal
Autor do polêmico projeto da “cura gay”, o deputado federal goiano João Campos (PRB), ex-líder da bancada evangélica na Câmara, comemorou a decisão da última segunda-feira (18/9) da Justiça Federal de Brasília que permitiu, em caráter liminar, que a homossexualidade seja tratada como doença.
Na prática, a sentença dá aval para que psicólogos possam atender gays e lésbicas como doentes e possam fazer terapias de “reversão sexual” sem sofrer qualquer tipo de censura por parte do Conselho Federal de Psicologia (CFP). A liminar contraria resolução de 1999 do conselho que explicitamente proíbe a prática.
Em entrevista na manhã desta terça-feira (19/9), o parlamentar criticou a resolução do CFP e fez ataques à autarquia. “A Justiça já decidiu, o que prova que nós estamos certos e Conselho Federal de Psciologia está errado”, disse.
“O CFP está aparelhado de ativistas e fundamentalistas desta área. Eles adotaram essa diminuição da cidadania do homossexual e desrespeito à liberdade profissional do psicólogo para poder impôr a ideologia deles, de que cidadao nasce gay e vai morrer gay. Para eles, o hetero se nascer hetero pode virar gay, mas o gay se nascer gay vai morrer gay”, opinou o deputado.
A decisão liminar do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho mantém a integralidade do texto da Resolução 01/99, mas determina que o CFP a interprete de modo a não proibir que psicólogas (os) façam atendimento buscando reorientação sexual.
“Independente se tem cura ou não, o que se discute é a possibilidade do homossexual, querendo ser atendido por um profissional, poder procurar uma terapia e daí por diante”, defendeu o parlamentar.
A decisão considerada um equívoco pelos profissionais da área. Em nota ainda na última segunda-feira (18/9), o CFP disse que a liminar desconsidera as diretrizes éticas da resolução. “O Judiciário se equivoca, neste caso, ao desconsiderar a diretriz ética que embasa a resolução, que é reconhecer como legítimas as orientações sexuais não heteronormativas, sem as criminalizar ou patologizar. A decisão do juiz, valendo-se dos manuais psiquiátricos, reintroduz a perspectiva patologizante, ferindo o cerne da Resolução 01/99.”
A nota da autarquia continua afirmando que o processo ainda está em fase inicial e que a entidade representativa dos psicológos pretende recorrer em todas as instâncias possíveis.
A defesa da ação se baseou no fato de que a homossexualidade não é considerada patologia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e que terapias de reversão sexual não têm resolutividade, como apontam estudos feitos pelas comunidades científicas nacional e internacional, além de provocarem sequelas e agravos ao sofrimento psíquico.
PORQUE ESSA PREOCUPAÇÃO COM O FIOFÓ DOS OUTROS VOCÊ DEVE TER FEITO MUITO TROCA TROCA,SENHOR JOÃO CAMPOS VÁ PARA O INFERNO
Porque não dar o direito a um gay,de reversão sexual, com direito a terapias??
Se ele não quer ser, não terá o mesmo direito de um hetero quando decide ser gay?
Ninguem decide ser, a pessoa e e pronto e acabou Aline, voce acha fácil passar por todo processo? suportar pessoas que tenha o mesmo pensamento que o seu, comece olhar para si e pensa que mais na felicidade das pessoas serem quem elas querem ser. abraço, deus e amor
Mas Fernando onde geneticamente é comprovado que existe o gene homossexual? Você pode pesquisar na revista superinteressante, no blog do dr. Drauzio Varela ou em outros lugares… Os argumentos são que há pesquisas em andamento. Esse assunto está relacionado à ideologia de gênero a qual o conselho de medicina de São Paulo rejetou.
Eu li o texto e não é isso que está falando. Essa matéria é totalmente tendenciosa para arraigar ainda mais os ânimos
As questões de foro íntimo das pessoas no aspecto emocional, só dizem respeito as mesmas. Porém , as questões morais, sociais e de natureza educacional para crianças que nascem e crescem em ambientes hostis, esse senhor deputado jamais esboçou qualquer manifestação para ajudar a criar projetos nesse sentido.
Ou seja, tamanha falta do que fazer desse mané.