Espetáculo do grupo goiano acontece neste sábado (22) e tem coreografia inspirada na Bossa Nova

Quasar Cia de Dança | Foto: divulgação

Foram dois anos de atividades paralisadas por falta de verbas e patrocínio, mas a Quasar Cia de Dança parece despontar com um novo começo. A companhia retorna neste sábado (22), a convite da marca de joias Vivara, com o projeto Preciosidades, para uma apresentação no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

O espetáculo O Que Ainda Guardo, com coreografia inspirada na Bossa Nova, é o destaque da noite e as canções selecionadas para a apresentação foram Corcovado, Samba do Avião e Águas de Março de Antonio Carlos Jobim. A peça chega em Goiânia em outubro

Ao Jornal O Estado S.Paulo criador e coreógrafo da Quasar, Henrique Rodovalho, disse que esteve apreensivo, mas que poderia ser uma boa oportunidade. “Primeiro, por questões técnicas: estávamos sem bailarinos, sem espaço em Goiânia, mas também por questões artísticas. Bossa Nova hoje? O País está tão diferente, numa crise em vários sentidos. Mas aceitamos o convite e pensei que esse espetáculo poderia ser um momento de respiro para o público”, disse ele ao veículo.

Histórias

A Quasar cia de Danca é uma companhia goiana de contemporânea que foi criada em 1988 por Vera Bicalho e Henrique Rodavalho. Na época, os criadores da Quasar buscavam aproveitar as influências sem contudo prender-se à qualquer modelo. Resolvem apostar em uma proposta que quebrava as regras acadêmicas e modelos existentes não só no pensar e fazer a dança, a arte contemporânea mas buscando traçar um caminho próprio.

Com a ascensão do grupo, em 2003 comemoraram os 15 anos de existência e inauguraram o Espaço Quasar, um Centro Cultural que se dedica à produção, exibição, e discussões sobre trabalhos que se comprometam com a arte, cultura e contemporaneidade. Já em 2009 a Associação Quasares se consolidou realizando a 2ª edição do Paralelo 16 – Mostra de Dança Contemporânea em Goiânia e começou uma turnê pelo Brasil e exterior com o espetáculo “Céu na boca”. Na turnê internacional foram visitados: Bolívia, Namíbia, Vietnam e Espanha.

Em 2016, porém, com a crise, apenas Rodovalho e a diretora Vera Bicalho permaneceram no grupo goiano, que perdeu patrocínios. Na ocasião, o Espaço Quasar, onde a companhia ensaiava e mantinha equipamentos e cenários, também fechou as portas.