Visivelmente emocionada, Ana Lúcia (DEM) lamentou o fato de não ter “estrutura nenhuma para trabalhar”. “Já chamei ele para inúmeras conversas. O que está acontecendo é um jogo político que nem eu estou entendendo”

A vice-prefeita de Luziânia e secretária Extraordinária de Administração do Jardim Ingá, Ana Lúcia (DEM), considerou, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, a possibilidade de assumir o papel de oposição ao prefeito da cidade, Diego Sorgatto (PSDB).

Em uma reunião com alguns servidores e populares do Jardim Ingá, Ana Lúcia disparou: “Eu não aguento mais ficar escondendo o que está acontecendo. Falei com o prefeito em fevereiro. Eu tento falar com ele, mando mensagem, pedindo para que venha aqui conversar comigo e ele não vem, não escuta, não responde. Parece que estou com uma lepra, com covid-19, porque eu não tenho a presença do prefeito aqui comigo”.

Visivelmente emocionada, a vice-prefeita lamentou o fato de não ter “estrutura nenhuma para trabalhar”. “Já chamei ele para inúmeras conversas. Eu converso com o prefeito só pelo WhatsApp, são conversas vagas. O que está acontecendo é um jogo político que nem eu estou entendendo. Até com o assessor dele eu já conversei tentando marcar um horário na agenda dele. Me sinto envergonhada de dizer isso a vocês, mas como eu poderia administrar uma cidade sem o apoio do prefeito aqui comigo?”, indagou.

“Eu tenho responsabilidade com vocês, sei que confiam em mim, mas está ficando pesado para mim. Não aguento mais. Essa situação está me adoecendo”, disse após considerar a necessidade de tomar remédios para conseguir dormir. “Quando foi para gente candidatar o prefeito me carregou no colo e agora está fazendo essa palhaçada comigo. (…) Tenho que ser respeitada pois sou vice-prefeita e não estou nessa cadeira por favor. Estou desde de fevereiro escondendo isso. Sorrindo por fora e chorando por dentro. Eu só quero que eles me deem a chance de poder trabalhar”.

E finalizou com uma mensagem endereçada ao prefeito: “Você não chegou à cadeira da prefeitura sozinho. Teve minha participação e de todo povo do Ingá, seus votos, a maioria saiu do Ingá não foi nem de Luziânia. Pense melhor nas suas atitudes. Vamos trabalhar como gente séria, honesta e transparente. (…) Quer me tirar daqui? Podem me tirar, mas digo uma coisa para vocês: ‘se quer briga, vai ter briga. Se quer trabalhar com companheirismo, iremos trabalhar com companheirismo. Mas se eu sair daqui, abro meu gabinete e serei oposição ao senhor”.