Após deixar comissão, advogada diz que gestão Lúcio Flávio tem atitudes ditatoriais
10 agosto 2017 às 14h44

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Manoela Gonçalves Silva teceu duras críticas ao presidente Lúcio Flávio Siqueira de Paiva após deixar a presidência da Comissão da Mulher Advogada

A advogada Manoela Gonçalves Silva renunciou à presidência da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), cargo que ocupava desde 16 de fevereiro de 2016. Segundo a advogada, a atual gestão do presidente Lúcio Flávio de Siqueira Paiva, tem sido incoerente com a carta programática apresentada na eleição de 2015 e tem se “desvirtuado” dos princípios básicos da campanha: “união, respeito e transparência”, cita.
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Como exemplo ela cita que foram pregados a independência em relação aos poderes constituídos, o combate ao nepotismo em todos os níveis, a transparência dos atos da administração da OAB-GO e o respeito às decisões colegiadas.
No entanto, ela acusa a gestão de indicar nomes de parentes e apadrinhados dos atuais diretores para cargos em órgãos públicos e da própria administração da OAB-GO e lembrou do episódio em que o próprio Lúcio Flávio publicou vídeo nas redes sociais fazendo campanha em favor de um candidato a vereador de Goiânia, durante as eleições municipais de 2016.
Por fim, a ex-presidente da comissão aponta ainda o que chamou de “atitudes ditatoriais, de intolerância à discordância e de esvaziamento das comissões”.
Membros da Comissão de Orçamento e Contas, por exemplo, foram destituídos por terem votado contra a transferência da gestão do Centro de Esporte e Lazer (CEL) para a Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag). O mesmo ocorreu nas Comissões de Direito Médico e de Defesa da Saúde; de Diversidade Sexual, e das Sociedades de Advogados.
“Os presidentes ou seus membros foram destituídos por discordarem das atitudes tomadas pela atual diretoria ou por cobrarem acesso aos balancetes e à prestação de contas da campanha eleitoral”, afirmou.