Após debate, jovens aprendizes criticam falta de propostas para Goiás e ainda estão indecisos
13 setembro 2018 às 16h35

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Entrevistados pelo Jornal Opção, participantes da Rede Pró-Aprendiz também criticaram o cenário político atual e apontaram soluções

Na última quarta-feira (12/9), cinco jovens da Rede Pró-Aprendiz participaram do debate entre os candidatos ao governo de Goiás realizado pela rádio Sagres. Na ocasião, todos fizeram perguntas sobre temas como Educação, Trabalho, Saúde, Segurança Pública e Transporte Público.
Após os questionamentos, os governadoriáveis fizeram perguntas entre si e, por fim, apresentaram pontos dos planos de governo. Em conversa ao Jornal Opção, quatro jovens participantes do debate criticaram as poucas propostas apresentadas e o embate entre os candidatos. Questionados sobre o cenário político atual, todos se mostraram negativos, mas apresentaram medidas e algumas soluções.
Alexandre Pontes Queiroz, da Cidade Vera Cruz, de Aparecida de Goiânia, questionou, após sorteio, o senador Ronaldo Caiado (DEM) sobre medidas para a Educação. De acordo com o jovem, o debate foi importante para o contato com pessoas que disputam cargos altos e realizadores da política partidária. “Poucas vezes temos essa oportunidade, mas, infelizmente, ali vi confronto de personalidades e não de propostas”, reclamou.
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Ele aponta que poucos candidatos estão se posicionando para serem vetores reais de mudanças políticas. “Esse poucos não estão sendo visados, já que a população é levada por discursos simples”, explicou. Por isso, segundo o jovem, o cenário politico atual está indo para um rumo que não é o desejado para o país.
De acordo com Alexandre, a falta de propostas não deu orientações para um possível voto, mas apenas um direcionamento sobre em que não irá votar em hipótese alguma. “Foi esclarecedor apenas pelo fato de eles mostrarem realmente quem eles eram”, ironizou.
O jovem afirma que a resposta de Caiado não foi satisfatória e, ele mesmo, apresentou soluções sobre o tema à reportagem. “Uma primeira atitude necessária seria no sentido de criar um plano de reestruturação na Educação desde o ensino básico até o superior. É preciso ensinar que escola não é o fim, mas o meio para as pessoas construírem o futuro com sabedoria”, indicou. Para ele, o papel da escola é fortalecer a metologia de ensino para extrair o melhor de cada aluno.
Keven Luan Pimentel Assis, do bairro São Carlos, em Goiânia, questionou o candidato Daniel Vilela (MDB) sobre segurança pública. De acordo com ele, o debate em si foi interessante, mas achou a apresentação das propostas “razoável”. “Ficou muito repetido, eles repetiram muitas coisas que já foram ditas. Não teve algo novo”, reclamou.
De acordo com ele, faltou também um panorama geral da administração de cada um. “Muitos falaram que vão focar na Educação, outros na Saúde, mas precisa melhor tudo”, apontou.
Para Keven, o cenário político atual está medíocre. “Muitas promessas de mudanças, mas nada muda de verdade”, indicou.
Única mulher entre os participantes, Evellyn Dayane Mendes da Silva, do Jardim Europa, em Goiânia, perguntou para Weslei Garcia (PSOL) sobre a participação do jovem no mercado de trabalho. “Eu achei o debate importante, já que precisamos saber das propostas para saber votar, mas as respostas foram muito evasivas”, disse.
Segundo ela, Weslei não respondeu o que foi questionado, assim como a maioria dos candidatos. “O que respondeu melhor foi o que falou sobre a criminalidade”, apontou, referindo-se a Daniel Vilela (MDB).
Evellyn indicou ainda preocupação com o futuro da Rede Pró-Aprendiz que, para ela, faz a diferença para que os jovens se distanciem do mundo das drogas e entendam o que é o melhor para o futuro. O cenário político atual, para a jovem, está péssimo e, por isso, ela ainda está ouvindo atentamente as propostas para decidir o voto. “O Brasil está em fase de reconstrução política. Ainda tem muita corrupção e promessas não cumpridas”. disse.
Na linha dos colegas, José Luiz Mendonça Neto, do Jardim de todos os Santos, Senador Canedo, afirmou que Goiás, assim como resto do País, ainda tem muito o que melhorar. Ele foi o único que achou o debate interessante e com propostas visíveis, mas, assim como os outros, ainda não tem o voto definido.