Após afastamento, ex-reitor da UEG diz que há campanha contra autonomia universitária

27 março 2019 às 16h37

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Pedido acatado durante Conselho Universitário nesta quarta-feira, 27, foi feito pelo próprio ex-administrador

Após o pedido de afastamento de suas funções feito pelo então reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Haroldo Reimer, na manhã desta quarta-feira, 27, o Conselho Universitário acatou a decisão do professor. Durante a reunião, Haroldo indicou proposta de antecipar as eleições para a nova gestão da reitoria.
Sob investigações por irregularidades, a decisão foi tomada depois de analisadas todas as possibilidades para que fosse mantida a estabilidade da Instituição em que ele esteve à frente nos últimos sete anos, informa a assessoria da Universidade. Segundo o reitor a medida busca resguardar a autonomia universitária.
Na investigação que envolve o nome de Reimer, a Controladoria Geral do Estado (CGE) aponta que o reitor teria envolvimento na nomeação de familiares, sócios e amigos para atuação em cargos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
Após ser firmado o afastamento, o professor Haroldo Reimer publicou uma carta aberta de 11 páginas em que recobra a importância histórica da UEG e fala sobre investimentos feitos e também sobre as crises sofridas pela instituição. Sobre o processo, diz reconhecer a necessidade de apuração, mas critica o que classifica como “campanhas midiáticas que destroem a reputação antes mesmo de qualquer resultado conclusivo”.
Haroldo permanece no cargo até o dia 31 de março, data em que o professor Ivano Devilla, atual pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, assume interinamente o cargo de reitor. Durante o pronunciamento no Conselho, ele expôs a trajetória histórica da Instituição e evitou entrar em polêmicas sobre sua relação com o governo.
“Há, desde o ano passado, uma campanha de denúncias, que neste ano se complementa com inserção de mensagens em blogs e perfis de redes sociais com o claro objetivo de desqualificar a gestão da UEG, sem considerar todos os avanços, a qualidade e a estabilidade alcançada pela instituição ao longo dos últimos anos”, afirma na carta pública.