Deputada comentou relação entre o Executivo e Legislativo nos próximos quatro anos e afirmou que espera que haja dialógo e respeito

Isaura Lemos| Foto: Divulgação

Ao se despedir da Assembleia Legislativa de Goiás, após 20 anos atuando como deputada, Isaura Lemos (PCdoB) diz que deixa o cargo como sentimento de dever cumprido dentro dos limites que há no parlamento, mas que não pode ser o que ela realmente era.

“Eu nunca pude ser exatamente aquilo que eu sempre quis ser devido a todas as limitações da própria conjuntura política da casa. Se você não quiser ficar totalmente isolada e quiser manter um relacionamento que proporcione algumas vitórias pontuais a gente tem que ter um bom relacionamento e não se isolar. Eu não fui aqui que eu pretendia, mas eu fui o máximo que eu pude”, disse.

Questionada sobre a relação entre o Executivo e o Legislativo nos próximos quatro anos, Isaura disse que o fato do governador Ronaldo Caiado (DEM) ter visitado a Casa por três vezes demonstra que haverá dialógo.

“É claro que as dificuldades, muitas vezes temperamentais, tanto de deputados como do governador, acabam prejudicando um diálogo mais sereno e que poderia ter um objetivo maior acima de tudo. Mas o fato dele vir até a casa, dialogar, apresentar um quadro, mesmo que a oposição discuta, debata, mesmo que fique contrariada com uma proposta ou outra, é melhor do que o distanciamento”, pontuou a deputada.

Para o futuro, Isaura garante que continuará participando das lutas sociais e trabalhando para o desenvolvimento do estado que, segundo ela, poderia proporcionar melhoria de vida para o conjunto da sociedade. “Então eu vou continuar no movimento. Não é pelo fato de não ser mais deputada que deixarei de cumprir o meu papel”, concluiu.