Religioso começou a ser investigado após ser citado em áudio pelo então ministro Milton Ribeiro. Ele foi solto após decisão judicial

Um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) que apura desvios de verba no Ministério da Educação (MEC), pastor Gilmar Santos publicou nas redes sociais na noite de quinta-feira, 23, que é inocente e a sua prisão ocorreu por perseguição política ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O religioso começou a ser investigado após ser citado em áudio pelo então ministro Milton Ribeiro. Ele foi solto após decisão judicial.

Intitulada “Carta ao Povo de Deus”, a postagem começa com a informação de que o pastor já está em casa. Em seguida, Gilmar Santos diz que o país está tomado pelo ódio e fome ao poder “com interesses políticos manipulando a verdade e a transparência dos fatos”. E segue: “Como sabemos, existe uma luta incansável para enfraquecer o governo”.

“Irmãos, não há julgamento ou veredicto sob o meu nome, o que mostra a ilegalidade desta prisão, sem lastro na legislação brasileira, reconhecidamente inconstitucional”, escreveu em uma rede social.

De acordo com o religioso, ele nasceu para “levar a palavra da verdade aos quatro cantos da terra”. “Meu compromisso segue o mesmo desde o momento em que Deus me chamou para ser parte de Sua grande obra”. Por fim, o pastor afirma que “são tempos de guerra” e ele não para de lutar, orando pelas famílias brasileiras e por toda a igreja evangélica até sua morte”.

Investigado

O nome de Gilmar foi citado por Milton Ribeiro em áudios divulgados em março. Nas gravações, o ex-chefe do MEC indica que a prioridade de repasse de verbas seria ditada por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Depois, novo áudio do ministro foi divulgado negando os favorecimentos. Na época, o religioso negou participar de “gabinete paralelo”.

Além dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, também foram presos o ex-ministro, o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Barbosa e o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do Ministério da Educação (MEC), Luciano Musse.