Alta nos preços dos combustíveis afasta consumidores e preocupa donos de postos em Goiânia, diz Sindiposto
08 junho 2021 às 17h42
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O valor do litro da gasolina chegou a R$ 6,27 e do etanol a R$ 4,87 em alguns estabelecimentos na capital. Reajuste não era esperado e pode causar queda nas vendas
Os consumidores se depararam com o preço do combustível subindo mais uma vez nas bombas dos postos em Goiânia. Nesta terça-feira, 8, o valor do litro da gasolina estava em R$ 6,27 e do etanol em R$ 4,87 em alguns estabelecimentos.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado (Sindiposto-GO), Márcio Andrade conta ao Jornal Opção que, o aumento é uma consequência do repasse das demais cadeias que compõe o mercado. “Toda vez que tem esses aumentos nas bombas, 99% deles são oriundos dos preços que são aumentados nas distribuidoras. A nossa margem de lucro é pequena”, explica.
Segundo Márcio, nesta época, de safra era esperado queda nos valores o que não aconteceu. A justificativa dos produtores é de aumento do custo da produção no campo e atraso na safra devido a falta de chuvas. O presidente do Sindiposto reforça que não tem uma previsão de redução futura, porém, se mantém ainda otimista com o cenário.
“Não posso fazer previsão, porque o momento que estamos vivendo agora está totalmente atípico, porque estamos em momento de safra do etanol e a nossa expectativa era de que os preços diminuíssem e isso não aconteceu, e estão aumentando. Como sou otimista, acredito que possa haver uma redução durante esses próximos meses, é a minha torcida. Não acredito que seja como nas outras safras, que os preços reduziam drasticamente, mas temos que ter uma redução para que possamos voltar com condições”, pontua.
Reflexo
Márcio avalia que alta afeta o consumo, prejudicando também os proprietários de postos. “É importante ressaltar que o aumento é muito ruim para o consumidor e também para o empresário de posto, primeiro que as vendas caem mais ainda, já não estavam muito boas, não conseguimos retornar ainda as vendas do período pré-pandemia”, relata.
“Além disso, aumentando mais afasta o consumidor, porque o orçamento dele já não cabe mais aumento. Outra situação é que o posto precisa de mais capital, buscar recurso financeiro para poder manter o estoque a disposição do consumidor, que já está sobrecarregado com esse período de pandemia. É uma cadeia que não tem tabelamento de preço. Eles são definidos por cada agente econômico. O mercado é livre e quando chega no posto cada empresário define de acordo com seus critérios e cálculos. É um número que não imaginávamos estar cobrando nesse momento de safra”, conclui.