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Clécio Alves, desafeto declarado da secretária Fátima Mrué, quer apurar situação da pasta desde 2010 

Clécio Alves | Foto: Alberto Maia

O vereador Clécio Alves (PMDB), aliado de primeira hora do prefeito Iris Rezende (PMDB), protocolou, na manhã desta quarta-feira (13/9), um requerimento para a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar o caos na Saúde de Goiânia.

Segundo o pedido, assinado por 29 parlamentares, o objetivo é “apurar atos e ações irregulares praticados no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a partir do mês de abril de 2010 até a data de instalação da comissão especial.”

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Desta forma, a atuação do colegiado abrangerá o começo da gestão do ex-prefeito (e então aliado do PMDB) Paulo Garcia (PT) — que ficou de 2010 a 2016 — e a do atual prefeito, Iris Rezende — que deixou o cargo em abril de 2010 para disputar o governo de Goiás.

Nos bastidores, a instalação da comissão é um recado claro à atual secretária de Saúde de Iris, Fátima Mrué, desafeto declarado do propositor, Clécio Alves, e de vários vereadores. Consta que ela menospreza a Câmara e até já xingou parlamentares publicamente. Ela, evidentemente, nega.

Tanto é assim que um dos objetos da CEI é o não pagamento pela gestão Iris dos terceirizados que prestam serviços à SMS. “Sabemos que são repassados os devidos recursos pelo governo federal e este dinheiro está sendo para outras finalidades”, escreve o pedido.

Em entrevista à imprensa, Clécio Alves disse que não é possível aceitar que o atendimento continue como está. “Temos que acabar com esse desmandos nas unidades de Saúde, pessoas morrendo em filas e mais filas. Só olhar a regulação por exemplo que não conseguem marcar nem uma consulta. Do jeito que está não vai ficar”, avisou.

Questionado se a CEI não seria um contra-ataque à atual secretária, o peemedebista rebateu: “Sou base de apoio do prefeito Iris, mas não sou funcionário dele […] secretária de Saúde, para falar com ela tem que mandar e-mail, eu, vereador Clécio, se quiser falar com ela, tenho que mandar e-mail, com o assunto para eles analisarem se ela poderá me atender e ainda fala que pode desmarcar audiência. Que negócio é esse? Isso aqui não é extensão do Paço não.”