Advogados devem entrar com novo pedido de soltura de supostos líderes de manifestações em Goiânia
25 maio 2014 às 19h32
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Detidos seriam líderes do MEPR, segundo a polícia. Operação R$ 2,80 apontou que eles teriam incitado a violência e causado dano ao patrimônio público
O pedido de revogação da prisão preventiva dos quatro jovens presos em Goiânia por suposto dano ao patrimônio público, incitação ao crime e associação criminosa durante manifestações por melhoria no transporte coletivo foi negado pela Justiça na noite do último sábado (24/5). A informação foi confirmada ao Jornal Opção Online por um dos cinco advogados que fazem a defesa dos presos.
Um novo pedido será encaminhado ao judiciário na segunda-feira (26). Uma pessoa próxima de um dos detentos afirmou que acredita que a prisão preventiva será mantida. Em caso de sucesso, no entanto, um pedido de habeas corpus será impetrado.
Heitor Aquino Vilela e Ian Caetano de Oliveira, de 20 anos, e João Marcos Aguiar Almeida, de 18, foram detidos na manhã de sexta-feira (23) enquanto estavam em casa e devem ficar na Casa de Prisão Provisória por dez dias. Ainda está em aberto o pedido de prisão preventiva contra Tiago Madureira Araújo.
Contra outro jovem, Marllos Souza Duarte, foi decretado apenas o mandado de busca e apreensão de objetos que poderiam ser utilizados nas depredações, além de computadores e outros aparelhos de conexão com internet para a difusão de crimes, conforme documento expedido pela 7º Vara Criminal de Goiânia.
Segundo investigações da Operação R$ 2,80, deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), os jovens seriam os líderes do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR). O grupo é suspeito de pregar a desordem e incitar a população a destruir ônibus do transporte público de Goiânia e Região Metropolitana durante protestos na capital, motivados pelo aumento de R$ 2,70 para R$ 2,80 no preço da passagem.
Os jovens foram presos em suas residências. Bandeiras, cartazes (entre eles alguns com mensagens contra a realização da Copa do Mundo no Brasil), gases e produtos que seriam para a fabricação de coquetel molotov foram apreendidos.