Tema é defendido, também, por deputados da base, como Major Araújo e Humberto Teófilo, que espera chegar a um meio termo

Deputada Adriana Accorsi em entrevista durante o velório do ex-prefeito Paulo Garcia | Foto: Alexandre Parrode / Jornal Opção

Discute-se, na Assembleia Legislativa, a possibilidade de retornar o percentual do Orçamento Impositivo para 1,2%. Atualmente, o índice é de 0,5% com escalonamento ano a ano até 0,8%. A deputada estadual Adriana Accorsi (PT), oposição ao governo, é uma das parlamentares favoráveis ao aumento.

“De uma forma geral, a questão é muito importante de ser discutida, pois garante o mínimo de independência dos parlamentares em relação ao governo, além de ser também uma justiça com a oposição”, pontua. Ela lembra que, na última gestão, ela só teve uma emenda paga. “As emendas, geralmente são pagadas a deputados ligados ao governo”, denunciou.

Segundo Accorsi, emendas para ela, que seriam destinadas à delegacias, abrigo de crianças órfãs e outras, não foram pagas. “Por isso acredito que o governo tenha que ter essa sensibilidade, pois a emenda é útil à população, não algo pessoal. São para atender os pedidos da população”, reforçou.

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Base

O deputado Major Araújo (PRP), base, afirma que foi contra a modificação (para 0,5%) e à favor da aprovação anterior (para 1,2%). “Minha posição é coerente com todas votações”, afirmou.

Segundo ele, em todas as oportunidades que tiverem de restituir a conquista obtida pelos parlamentares, “estará junto”.

Meio termo

O deputado delegado Humberto Teófilo (PSL), que faz questão de dizer que é da base e defensor do governo, diz que vê a medida como um risco, mas que é preciso chegar a um meio termo. Segundo ele, o orçamento é importante para que os deputados possam defender a suas bases, mas é preciso observar se a administração tem condições de pagar. “Não adianta ganhar e não levar”, observou.