A advogada Amanda Partata, de 31 anos, declarou que sua vida acabou durante a audiência de custódia ocorrida na última quinta-feira, 21. Ela foi detida na quarta sob suspeita de ter envenenado o ex-sogro e a mãe dele durante um café da manhã no último domingo, em Goiânia.

“Essa história acabou com minha vida, uma história midiática. Todo mundo já viu meu rosto, acabou a minha vida”, afirmou. O juiz André Reis Lacerda manteve a prisão temporária.

Leonardo Pereira Alves, 58 anos, e sua mãe, Luzia Tereza Alves, 85, faleceram após apresentarem vômito e dores abdominais algumas horas após a refeição. Apesar de terem sido hospitalizados, não resistiram, o que levantou a suspeita de envenenamento.

A Polícia Civil (PC) iniciou as investigações imediatamente após as mortes. Inicialmente, houve a suspeita que os doces de uma confeitaria tinham sido envenenados, mas essa possibilidade foi descartada pelos investigadores.

Amanda, que se identifica nas redes sociais como psicóloga, afirmou na audiência de custódia que estava se preparando para abrir uma clínica. No entanto, o Conselho de Psicologia alega que ela não possui registro profissional.

Durante a audiência, Amanda Partata relatou ter sido agredida pelo delegado com um tapa e xingamentos. “Ele me chamou de vagabunda”, denunciou.

“Pedi para chamar meu advogado, ele (delegado) pegou e fez assim no meu rosto (gesto de tapa) e disse: ‘Advogado só vai piorar sua situação. Se você me contar tudo, quem sabe eu chamo um advogado”, completou na audiência. A Corregedoria da Polícia Civil foi notificada para investigar as alegações de agressão.

Os advogados de Amanda solicitaram a revogação da prisão, ao argumentar que houve violação de domicílio, pois a advogada estava internada em uma clínica psiquiátrica no momento da detenção. No entanto, a Justiça manteve a prisão.

A determinação judicial incluiu a realização de avaliação médica e psicológica de Amanda, além da sua manutenção em cela separada por questões de segurança.

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