MPF pretende realizar audiências públicas para ouvir especialistas

O Ministério Público Federal instaurou, nesta segunda-feira, 8, inquérito civil para apurar a conduta das empresas de redes sociais e aplicativos de mensagem no enfrentamento às fake news. Durante a abertura da sindicância, foi encaminhada ainda ofício às principais plataformas em operação, tendo por objetivo cobrar  informações sobre a desinformação. 

Para ajudar no combate às fake news, as empresas também devem apresentar informações sobre disparos de mensagens em massa, uso de robôs e perfis fictícios em ações coordenadas. O MPF argumentou que os elementos de desinformação criaram cenários de “caos informativo”, principalmente, se tratando da pandemia. 

Para a procuradoria, a medida consiste em distinguir o que é liberdade de expressão, e o que são “práticas organizadas de desinformação, conduzidas por meio de ações e de mecanismos que ampliam artificialmente o alcance de conteúdos sem respaldo na realidade”.  

Ainda, durante o inquérito, o MPF pretende realizar audiências públicas para ouvir especialistas. A investigação pretende focar no financiamento da disseminação de conteúdos falsos nas redes sociais. Segundo a procuradoria, as empresas podem ser responsabilizadas caso deixem de garantir um ambiente digital propício a práticas de desinformação.