A Província da Bahia e a luta pela Independência do Brasil

02 julho 2024 às 16h18

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Com a Revolução do Porto, em 1820, os portugueses exigiram a volta de Dom João VI, que estava no Brasil desde 1808, e queriam a manutenção da colonização brasileira. Dom João voltou para Portugal, mas deixou seu filho, Dom Pedro l. As pressões da metrópole pelo retorno do príncipe regente só aumentaram a revolta brasileira contra a presença portuguesa em nossa terra e a urgência da proclamação da independência. Portugal, por sua vez, não admitiria isso.
Enquanto Dom Pedro I, às margens do Riacho do Ipiranga, proclamava a nossa independência, em 1822, na Província de Bahia a situação era mais complicada. Desde o começo daquele ano que brasileiros e portugueses entraram em conflito, principalmente em Salvador, nossa antiga capital. O governo local se declarou fiel à Portugal e não reconhecia a autoridade de Dom Pedro I.
As tropas lusitanas invadiram o Convento da Lapa, em Salvador, e mataram a abadessa Sóror Joana Angélica. Esse fato só aumentou a revolta dos baianos contra a presença portuguesa na Província. O apoio à Dom Pedro I só crescia. Nesse conflito surgia Maria Quitéria. Ela queria lutar a favor do Brasil, mas, como a presença feminina era proibida, teve que usar vestimentas masculinas. Logo após a vitória na guerra pela independência da Bahia, Maria Quitéria foi condecorada por Dom Pedro I. Atualmente, ela é patrona do Quadro Complementar do Exército e desde 2018 seu nome integra a lista dos heróis e heroínas da Pátria.
Os brasileiros venceram em 2 de julho de 1823 e a Província da Bahia pode se integrar ao Império do Brasil. As calmas águas do Riacho do Ipiranga nada se parecia com o turbilhão na Bahia.