“Em apenas quatro anos de pontificado, dera João XXIII um sentido novo, vivo e atual à Igreja, aproximando o Catolicismo de suas fontes originais, que são Cristo e os Apóstolos, e procurando ampliar o seu sentido universal.”

A Revista Manchete, em sua edição de 11 de junho de 1963, dedicou várias páginas para homenagear Ângelo Roncalli, o Papa João XXIII, que morreu no dia 3 de junho daquele ano. “A morte de um santo” era o título da capa. A revista trazia fotos do Papa Bom e recordava sua biografia, desde suas origens até sua chegada ao Vaticano em 1958 para substituir Pio XII.

João XXIII começou o Concílio Vaticano II, que abriu as portas da Igreja para o século XX. As Missas começariam a ser rezadas na língua local. O Catolicismo dialogando com a modernidade. Apesar do curto tempo em que esteve no trono de Pedro, João XXIII está na história da Igreja e do século XX.

Logo após o anúncio da morte do Papa, entre lágrimas e orações dos fiéis, jornalistas e especialistas em Vaticano já traçavam o perfil do novo Santo Padre. A Revista Manchete fez a mesma coisa. Depois da homenagem ao Papa, quem será o novo sucessor de Pedro? Gerson Camaroti, jornalista da Globonews, escreveu um livro sobre a eleição do Papa Francisco e fala sobre a semelhança entre a escolha do novo Bispo de Roma com a política. “Rei morto, rei posto”. O papa morre e o conclave já começa antes dos cardeais entrarem na Capela Sistina.