“A greve para, mas continuaremos firmes”, afirma presidente do Sindsaúde
08 maio 2015 às 12h43
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Após 25 dias de paralisação, Servidores da Saúde municipal aceitaram propostas da prefeitura e decidiram pelo fim do movimento paredista
Após 25 dias de paralisação, os servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) decidiram, em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (8/5), pelo fim do movimento de greve.
A Categoria aceitou as propostas enviadas à diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde) pelos secretários de Finanças, Jeovalter Correa, de Gestão de Pessoas, Paulo César Fornazier, e da Saúde, Fernando Machado.
A presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, afirmou, porém, que a luta continua. “O movimento de greve para, mas continuaremos firmes para mostrar que nós, organizados, podemos avançar cada vez mais nos nossos direitos”, defendeu.
Próximos passos
Segundo Flaviana, os trabalhadores estarão no próximo dia 11 em Brasília em um ato pelo dia da enfermagem. Eles aproveitarão a oportunidade para entregar um documento denunciando a situação da Saúde em Goiânia ao Ministério da Saúde.
No dia 13, a Categoria se reúne com vereadores de Goiânia em uma visita ao Pronto Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc — que tem sido alvo de denúncias devido à precariedade da estrutura física — e no dia 14 vão ao Tribunal de Justiça para dar resposta quanto à decisão judicial que determinou que apenas 10% dos servidores continuassem parados.
A presidente do sindicato anunciou ainda que no dia 29 deste mês vai acontecer o “dia D” da greve geral no Brasil contra a PL da Terceirização e as MPs 664 e 665 do ajuste fiscal do governo e que os servidores municipais de Goiânia devem participar da mobilização.
Propostas aceitas
As principais propostas da prefeitura aceitas pelos trabalhadores da Saúde municipal são o pagamento de um terço das Progressões Horizontais do Plano de Cargos e Salários, de 6,2%, em setembro e o restante em dezembro deste ano; abono, a partir de janeiro de 2016, de 10% para servidores que perderam parte do adicional de insalubridade e de 20% para aqueles que perderam 100% do benefício; e desentrave em relação aos adicionais de titulação e aperfeiçoamento no Plano de Cargos e Salários a partir de julho.
Além disso, ficou acordado também o reajuste de 7,93% da data-base de 2015 pago em três vezes — 1,5% ainda em maio e setembro deste ano e o restante no mês de janeiro de 2016 –; 10% de quinquênio; e substituição de refeições pelo cartão alimentação. Apesar da aprovação das propostas, a Categoria já anunciou que, caso a Prefeitura de Goiânia não as cumpra, pode decidir por uma nova paralisação.