Aeronaves não tribuladas carregavam pacotes com celulares, chips de operadoras, carregadores, fones de ouvido e entorpecentes, que eram liberados dentro dos presídios por meio de controle remoto

Dados compilados pela Gerência de Inteligência e Observatório da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) mostram que, em 2021, 20 aeronaves foram interceptadas pelos policiais penas, servidores das unidades prisionais. A maior parte das ocorrências ocorreram no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, apenas uma delas foi registrada em Anápolis.

Somente no mês de junho, destaque pela quantidade, sete drones foram abatidos. Durante as interceptações, além dos drones, cerca de 50 celulares e dezenas de chips de operadores, fones de ouvidos, carregadores e uma grande quantia de entorpecentes que eram transportados pelas aeronaves não tripuladas foram apreendidos. Os pacotes com materiais ilícitos eram liberados dentro dos presídios por meio de controle remoto.

Diretor-geral de Administração Penitenciária, Josimar Pires afirma que as apreensões resultaram do aumento na supervisão de procedimentos realizados pelos servidores penitenciários. “São fruto da capacitação do nosso efetivo”, defende. Os registros de sobrevoos dos drones próximo a unidades prisionais iniciaram durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, quando as medidas restritivas proibiram as visitas.

“A proibição das visitas e de determinados itens da cobal influenciou diretamente na redução da entrada de materiais de uso não permitido, o que motivou os detentos a buscarem alternativas”, ressalta o diretor-geral adjunto, Aristóteles El Assal. Em todas as interceptações, os materiais apreendidos foram encaminhados às autoridades policiais competentes. Os suspeitos identificados por controlarem os drones foram levados à Delegacia de Polícia Civil.