Radares eletrônicos em Goiânia serão religados só durante feriado

05 abril 2023 às 09h32

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A empresa Eliseu Kopp & Cia informou que vai retomar o serviço de radares em Goiânia, suspenso desde o último dia 31/03, nesta quinta-feira, 06/04. A empresa disse que o objetivo é contribuir para segurança de tráfego por causa do aumento do fluxo de veículos durante a Semana Santa e o feriado de Páscoa. Apesar disso, informou que vai suspender o funcionamento dos equipamentos novamente na próxima terça-feira, 11.
Os radares de Goiânia estão desligados desde a última sexta-feira, 31, devido à falta de pagamento da Prefeitura à empresa Kopp Tecnologia, responsável pelo serviço. Segundo a empresa, a contraprestação mensal não foi recebida há mais de nove meses. A Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) afirmou que o pagamento segue o rito legal, mas até o momento não houve nenhuma solução para o impasse.
O contrato entre a prefeitura e a empresa foi assinado em 2017 e tinha duração de cinco anos. Após o término do contrato em junho de 2022, a prefeitura prorrogou o acordo por mais 12 meses estendendo até junho de 2023, mas a empresa alega que não recebeu o pagamento pelo serviço prestado. A cidade conta com mais de 250 radares para monitorar 640 faixas de trânsito.
De acordo com a Kopp Tecnologia, o contrato assinado com a Prefeitura de Goiânia tem valor total de R$ 61,4 milhões, equivalente a um gasto médio de R$ 1 milhão por mês durante cinco anos. No entanto, a empresa afirma ter recebido apenas um pagamento de R$ 2,7 milhões em 8 de fevereiro. Antes disso, em 20 de dezembro de 2022, a empresa teria recebido somente R$ 156,5 mil. A prefeitura teria repassado apenas R$ 2,6 milhões para a empresa no último semestre de 2022.
A Secretaria Municipal de Mobilidade divulgou uma nota em que afirma que a empresa Kopp Tecnologia suspendeu a prestação dos serviços de lombadas eletrônicas em Goiânia à meia-noite do dia 31 de março sem dialogar com a nova gestão da pasta e sem seguir as exigências do contrato.
A SMM destacou que a falta de funcionamento dos radares coloca em risco a vida de milhares de pessoas que trafegam pelas vias da cidade, uma vez que o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil.
Além disso, a pasta ressaltou que a empresa é responsável por qualquer dano causado à administração municipal ou a terceiros em decorrência da suspensão total ou parcial do contrato. Por fim, declarou que está aberta ao diálogo e tomando as medidas necessárias para uma nova licitação com o mesmo objeto contratual.