O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corre atrás de uma equipe técnica para o Ministério da Fazenda. O plano para a próxima gestão inclui nomes técnicos com um ministro com perfil político, o que seria para ajudar nas negociações de propostas junto ao Congresso Nacional. A estratégia seria a mesma utilizada quando por Antonio Palocci para chefiar a pasta em 2002.

Entre os nomes especulados para integrarem a barca econômica de Lula estão o secretário de Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, e Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF). Os dois podem ser nomeados respectivamente para secretário do Tesouro Nacional e para uma secretária que cuidará da reforma tributária.

No momento, Salto faz parte da equipe de Rodrigo Garcia (PSDB), que apoiou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Mas ele possui boa relação com economistas do Partido dos Trabalhadores (PT) e declarou voto em Lula nas eleições. Anteriormente, ele anda foi diretor-geral da Instituição Fiscal Independente (IFI).

Por outro lado, Appy já foi ministro da Fazenda interino em 2007, mas desta vez, o seu objetivo seria a reforma tributária. Coautor da Proposta de Emenda à Constituição nº 45 de 2019 (PEC 45/2019), ele busca reduzir a burocracia dos impostos brasileiros.