Vicentinho Júnior: “Wanderlei adotou uma política de resultados”
13 agosto 2023 às 00h01
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O deputado federal Vicentinho Alves (pP) aponta pelo menos três aspectos, que segundo ele, são responsáveis pela boa avaliação de Wanderlei Barbosa (Republicanos), apontado em pesquisa como o governador mais bem avaliado do País: primeiro, o zelo com a coisa pública; em segundo lugar, a harmonização da política; e, em terceiro, os resultados para a população. “A política do governador Wanderlei Barbosa está chegando na casa dos tocantinenses. Nos asfaltos, escolas, nas ampliações da educação, na saúde. E o tocantinense aprova”, observa o deputado.
Sobre a possibilidade de seu partido, o Progressistas (pP), fazer parte da base do presidente Lula, o deputado avalia a politica feita de forma plural permite o diálogo e não a cooptação. Reconhece que tem quem seja contra, mas também quem seja a favor. “Não sou simpático às bandeiras que o governo defende. No romantismo de invasão de terras, no romantismo da desconstrução da instituição família, no romantismo da exigência da opção sexual, que é de cada cidadão, mas não é imposição do Estado, dentro dessa mesma formação do cidadão, coisas que eu tenho dificuldade de conviver. Agora, isso também me permite ter meus valores e posições claras”, defende, enfatizando, que para realizar as entregas que o mandato exige, tem buscado o diálogo com líderes do governo.
Vicentinho Júnior classificou de “imprensa marrom” as denúncias de suposta compra de veículo com verba parlamentar e liga as denúncias à perseguição política em função da postura combativa que adotou durante o governo de Mauro Carlesse, o qual, segundo ele, foi afastado do cargo por aparelhar as forças policiais do Estado para forjar investigações contra adversários. “A ‘cassação’ do ex-governador Mauro Carlesse foi em virtude do aparelhamento feito às forças de polícia no Tocantins, segundo investigação da Polícia Federal e que, em parecer do relator à época, Mauro Campbell [Superior Tribunal de Justiça], cita pseudoinvestigações feitas contra opositores e por muitas vezes citava o deputado federal Vicentinho Júnior”, relato o parlamentar.
Vicentinho Júnior, 38 anos, é goianiense e filho do ex-senador Vicentinho Alves. Empresário do ramo de combustíveis, está deputado federal pelo terceiro mandato consecutivo e é um dos fortes defensores do bolsonarismo no Tocantins. Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, concedida, na quinta-feira, 10, durante a inauguração da obra de revitalização da sede administrativa da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o deputado fala ainda sobre a preparação do pP para ser o maior partido do Tocantins em número de filiados e em número de prefeitos nas eleições de 2024.
Como o sr. avalia a solicitação da coordenadora da bancada do Tocantins no Congresso, a senadora Dorinha Seabra (UB), para priorizar a destinação de recursos de emenda parlamentar para a educação?
A educação do Tocantins já é prioridade da bancada federal há bastante tempo. Registro por exemplo, o orgulho de ter uma colega, hoje senadora, Dorinha Seabra, uma grande referência, não só em investimento, mas também em conhecimento sobre educação Brasil afora. Ela é a mãe do Fundeb [Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica]. A bancada sempre se fez presente na destinação de investimentos, como na Unitins, por meio de outras instituições de educação como o IFTO [Instituto Federal do Tocantins] e a UFT [Universidade Federal do Tocantins], que fazem parte desse leque de instituições produtoras de conhecimento em nosso Estado.
É muito prazeroso ver o Tocantins se construindo a cada momento com a participação de todos
Como deputado federal, me alegro em ver ali o nosso bom amigo reitor Augusto Rezende [reitor da Unitins] registrando as realizações da universidade que foram trabalho do deputado Vicentinho, e eu representando a bancada federal para registrar o trabalho da bancada federal. É muito prazeroso ver o Tocantins se construindo a cada momento com a participação de todos.
O sr. anunciou a destinação de R$ 1 milhão, por meio de emenda parlamentar para a Unitins implantar em Palmas os cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional, base para a implantação de um centro de reabilitação. Como avalia a importância desse projeto?
Os alunos já haviam me solicitado, um tempo atrás, esse investimento para a clínica de fisioterapia, para laboratório a ser construído para poder se qualificar mais durante formação. Eu deixei para um momento oportuno fazer esse anúncio porque é encantador voltar à Unitins e ver o que está se tornando de fato esta universidade na gestão do reitor Augusto e no governo Wanderlei Barbosa.
Como presidente regional do pP, qual será a orientação do partido para eleições municipais de 2024?
O pP é uma grande família. Vivemos um momento hoje com atuação do deputado federal Lázaro Botelho, de quadros maravilhosos que temos de um partido de centro que discute o Brasil e o Tocantins, nos nossos municípios que é onde as pessoas verdadeiramente vivem. Um partido que está de portas abertas para nós construirmos um Tocantins forte, ouvindo os tocantinenses. E dando uma parcela de contribuição aos municípios que é onde estamos. Então, é com muita alegria que esta parceira vem dando certo. Hoje, já somos o maior partido em número de filiados, e em número de gestores e gestoras municipais no Estado do Tocantins e nós vamos a partir de agora e até o ano que vem chancelar, o tamanho não de um partido, mas de um projeto para o Tocantins, que o Progressistas quer fazer parte.
O Progressistas é um partido que se consolida no Tocantins com este compromisso de trazer soluções aos tocantinenses
Qual a orientação da direção do partido para quem deseja disputar as eleições no próximo ano?
Primeiro, o zelo com a coisa pública. Segundo, o zelo com nosso Estado. Terceiro, ter certos valores de centro que nos permitem ver virtudes, qualidades e defeitos e críticas construtivas de ambos os lados [direita e esquerda], para que, no final da discussão, de forma plural e focado no Tocantins, possamos trazer soluções. O pP é um partido de soluções. Não é um partido de apontar problemas. Problemas já tem muita gente para mostrar. O Progressistas é um partido que se consolida no Tocantins com este olhar de trazer soluções aos tocantinenses.
No Tocantins, o partido integra a base do governo, embora dividido. Que avaliação o sr. faz do andamento do governo Wanderlei Barbosa nestes primeiros seis meses?
É tão fácil a gente falar deste momento, porque está tão gostoso e prazeroso ao mesmo tempo, não é? Esses dias, a imprensa nacional e aqui no Estado anunciou um dos maiores percentuais de aprovação de um governador do Brasil. É do Tocantins, quase 90% de aprovação. Isso é resultado de vários fatores, dentre eles, zelo com a coisa pública, harmonização da classe política e uma política de resultados. A política do governador Wanderlei Barbosa está chegando à casa dos tocantinenses. Nos asfaltos, nas escolas, nas ampliações da educação, na saúde; e o tocantinense aprova.
Não posso permitir que eu faça parte de um assassinato de reputação por membros de uma imprensa irresponsável
Seu nome aparece na bolsa de especulação tanto em Palmas como em Porto Nacional. Como o sr. avalia a especulação em torno do seu nome para a disputa de 2024?
Bondade das pessoas dos palmenses, dos portuenses e dos tocantinenses. Nem sei se sou merecedor disso. Mas eu continuo, hoje em 2023, o mesmo tocantinense, o mesmo jovem que começou uma carreira em 2014, dizendo que primaria muito para não deixar, por mais que às vezes membros de uma imprensa marron, que não se atentam às responsabilidades dos fatos, de ler uma decisão de ministro do Supremo [Tribunal Federal] de ler o que está escrito de um parecer de uma vice-procuradora por nome de Lindôra [Maria Araújo, vice procuradora Geral da República], fatos. Nunca fui de pautar a imprensa, gosto de conviver em harmonia com ela, mas também não posso permitir que eu faça parte de um assassinato de reputação por membros de uma imprensa irresponsável. Eu primo por meu nome. Em 2014, quando busquei meu primeiro mandato, disse que enquanto Deus e a população do Tocantins me dessem essa oportunidade de lhes representar no Congresso Nacional eu zelaria por meu nome, para poder voltar para o lar de onde eu saí um dia. Então, é com este zelo que eu me firmo, é com essa política de entrega, que eu trabalho e a bondade da população fica aí ao crivo dela para qualquer que seja a análise e o projeto a nós apresentado.
O sr. se refere, ao citar a imprensa, ao caso da suposta compra de um veículo com recursos de verba parlamentar que veiculou na imprensa nacional? A propósito, como está encaminhando sua defesa?
Encaminhando não, já está encaminhada. Aliás, a cassação do ex-governador Mauro Carlesse, foi em virtude do aparelhamento das forças de polícia no Tocantins, segundo investigação da Polícia Federal e que, em parecer do relator à época, Mauro Campbell [Superior Tribunal de Justiça], cita pseudoinvestigações feitas contra opositores e, por muitas vezes, citava o deputado federal Vicentinho Júnior. Uma carta anônima que brota na SSP [Secretaria de Segurança Pública] do Tocantins do nada, contra minha pessoa. Eu, graças a Deus, conforme falei para o relator vice-procurador na época, Humberto Jacques, por final agora, à procuradora Lindôra [Araújo], por decisão chancelada por vários ministros do Supremo [Tribunal Federal], todos resguardam as minhas atitudes de mandato, então estou muito tranquilo, de modo que de maldade alheia meu santo é forte, me protege sempre. Aliás, vou caminhar na segunda-feira, 11, [na Romaria] do meu Senhor do Bonfim, em Natividade (TO).
A gente tem de saber respeitar pensamentos diversos em um só partido
O governo Lula tenta atrair o pP para a base do governo. Qual sua opinião sobre essa possibilidade de o pP conquistar espaço na Esplanada dos Ministérios?
A política plural, não opaca, a política que permite o diálogo, não é de cooptar. Tem quem seja simpático àqueles temas, outros não. Por exemplo, eu não sou da base do governo, não sou simpático às bandeiras que o governo defende. O romantismo de invasão de terras, da desconstrução da instituição família, da exigência da opção sexual, que é de cada cidadão, mas não é imposição do Estado, dentro dessa mesma formação do cidadão, coisas que eu tenho dificuldade de conviver. Agora, isso também me permite ter meus valores e posições claras. Mas minha rotina de mandato que eu preciso trazer os resultados, como os exemplos aqui dados – da Unitins, de emendas do deputado Vicentinho Júnior aos municípios do Estado –, eu tenho de dialogar, tenho de conversar e vou até às margens de forma republicana, do que é permitido e prudencial. É normal que as pessoas dialoguem, que os partidos dialoguem, e como em toda casa, nenhuma opinião é unânime, um partido não é diferente, é uma grande família. Tem pessoas que pensam de um jeito e outras que pensam de outro, a gente tem que saber respeitar esses pensamentos diversos, em um só partido.