Suplentes da Câmara de Augustinópolis abrem processo de cassação contra prefeito Julio Oliveira

03 fevereiro 2019 às 00h00
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Mobilização acontece depois que a operação policial prendeu quase todos os vereadores da cidade, acusados de aceitar propina para aprovar projetos da prefeitura

A Câmara de Vereadores de Augustinópolis abriu, na quarta-feira, 30, o processo de cassação contra o prefeito, Júlio da Silva Oliveira (PRB). A medida foi tomada após uma operação da Polícia Civil prender quase todos os vereadores da cidade na semana anterior. A decisão foi tomada pelos suplentes, que assumiram as vagas após a prisão dos titulares.
A investigação da Operação Perfídia apura um suposto esquema de pagamento de propinas para que Legislativo aprovasse projetos de interesse da prefeitura. O prefeito agora tem 10 dias para apresentar a própria defesa. O plenário da Câmara deve julgar o pedido em até 90 dias, mas a expectativa é que isso aconteça mais rapidamente, segundo o presidente da Câmara, Cícero Cruz Moutinho (PR).
Moutinho é o único vereador que não foi preso pela polícia quando a operação foi deflagrada. Mesmo assim, o político foi intimado a depor e é investigado. Segundo a Polícia Civil, o esquema de corrupção pode ter desviado R$ 1,5 milhão durante três anos.