Atendendo requerimento do deputado José Augusto Pugliese (sem partido), o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, compareceu na quarta-feira, 6, à audiência pública realizada pela Assembleia para esclarecimentos sobre a Operação Marcapasso, comandada pela Polícia Federal. A operação investiga um esquema de corrupção que consiste na de fraude em licitações, compra de órtese, prótese e materiais especiais de alto custo para o sistema de saúde.

Participaram da audiência, além do autor do requerimento, os deputados Paulo Mourão (PT), Elenil da Penha (PMDB), Jorge Frederico (PSC), Valderez Castelo Branco (PP), Wanderlei Barbosa (SD), Vilmar de Oliveira (SD), Amélio Cayres (SD), José Bonifácio (PR), Alan Barbiero (PSB), Osires Damaso (PSC) e Zé Roberto (PT). Eles questionaram o secretário sobre os eventuais prejuízos causados pelos desvios de recursos na compra dos materiais, as falhas do sistema de saúde que permitiu tal conduta dos gestores e ainda cobraram uma atitude da Sesau para sanar os problemas deixados, além de buscar saídas para recuperar a credibilidade da saúde pública no Estado.

Musafir esclareceu que a atual gestão não tem envolvimento com os desvios e práticas apurados pela PF. “A secretaria não tem acesso ao inquérito, mas está colaborando com toda a sua equipe para as investigações, com a entrega de contratos e documentos solicitados pela PF e o Ministério Público Federal”, informou Musafir.

Sobre a atual gestão, o secretário reconheceu as dificuldades operacionais, mas ressaltou que administra a pasta com transparência nos processos de licitação e que todos os recursos investidos e gastos na compra de materiais e remédios passam pela decisão de um Colegiado Financeiro da Saúde. Musafir garantiu que a secretaria tem conseguido sanar a falta de medicamentos e trabalhar com o abastecimento de 89% dos remédios necessários para a continuidade dos tratamentos e emergências nas unidades hospitalares.

Sobre o novo hospital de Gurupi, o secretário afirmou que a construção a unidade é responsabilidade da Secretaria Estadual da Infraestrutura. Já sobre as nomeações o secretário justificou que as contratações são feitas de acordo com a demanda, que tem crescido, passando de 3 milhões de atendimentos em 2015 para 6 milhões em 2017. E que apesar das contratações, o Estado ainda conta com um déficit de 300 médicos para atender a população com mais agilidade.

O secretário destacou que está colocando em prática um projeto de reorganização da rede hospitalar e que a secretaria continua com o seu propósito de garantir atendimento adequado para toda a população. Para isso, disse que vai retomar os mutirões cirúrgicos e de procedimentos para reduzir as filas de espera.