Os candidatos a governador – Wanderlei Barbosa (Republicanos), Paulo Mourão (PT), Karol Chaves (Psol), Ronaldo Dimas (PL) e Irajá Silvestre (PSD) – participaram nesta sexta-feira, 02, do primeiro debate entre os candidatos, promovido pela emissora TV Jovem/Record, com colaboração da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Feito). O debate durou 1:30h e foi marcado por provocações e promessas de solução para os mais diversos e graves problemas enfrentados pelo Estado, que todos reconhecem.

No primeiro bloco os candidatos responderam perguntas formuladas por eles, com tema livre. Irajá foi o primeira a perguntar e interrogou o governador Wanderlei Barbosa sobre o número de secretarias do seu governo e porque de 38 pastas apenas duas eram comandadas por mulheres. Todos perguntaram e todos responderam, com direito a réplica. No balanço do primeiro bloco parecia todos contra o governador Wanderlei Barbosa e a sua gestão, chamada de tapa buraco.

No segundo bloco os candidatos respondem a perguntas formuladas pela Fieto, tendo como temática geral, o desenvolvimento industrial, com considerações sobre geração de emprego e renda, renúncia fiscal e qualificação de mão de obra. Novamente os candidatos apresentaram propostas no sentido de reduzir a carga tributária, realizar obras de infraestrutura e investir na educação para melhor qualificar a mão de obra para a industrialização do Estado. Neste bloco o centro do debate passou a ser a apresentação de políticas desenvolvimentistas e não mais críticas ao governo.

No terceiro bloco os candidatos voltaram ao confronto por meio de perguntas com temas definidos, escolhidos por meio de sorteio, ao vivo. Foram sorteados temas como, educação, esporte, economia, cultura. O clima voltou a esquentar, mas nada que saísse do controle. O quarto e último bloco foi destinado às considerações finais. A maioria preferiu reforçar as críticas ao governo. Wanderlei foi o último a falar e o único que pedir votos.
Balanço
Irajá Silvestre que abriu o debate aproveitou desde o primeiro momento para falar da urgência que o Estado tem para retomar o seu desenvolvimento e fez duras críticas ao governo. Ronaldo Dimas, engrossou as críticas ao governo citando o comprometimento da capacidade de investimento do Estado, com inchaço da máquina administrativa, transformada em cabide de emprego. Paulo Mourão, concentrou suas críticas na falta de critério da gestão que realiza tapa-buracos das rodovias, mas não tapa o buraco da fome. Mourão ainda apresentou dados do descontrole da gestão financeira do Estado. Karol, reclamou da atuação dos órgãos de segurança que não tem conseguido conter o aumento da violência. Wanderlei Barbosa aproveitou o debate para fazer prestação de contas dos 10 meses de governo, a cada provação, respondia com apresentação de dados de suas realizações.

Balanço aponta que os candidatos demonstram conhecimento dos maiores problemas do Estado. Mantiveram equilíbrio e foram naquilo que desejam transmitir para a sociedade sobre seus planos para governar o Estado. Apesar das provocações ao governador, mantiveram o nível e não partiram para baixarias. Fizeram duras críticas, mas na ânsia que questionar tudo, terminaram ajudado do governador, ao apontar que a crise que o Estado enfrenta, vem de longe, de outros governos, isentando Wanderlei de toda a responsabilidade. Wanderlei foi bastante criticado, mas teve oportunidade de mostrar dados do seu governo. O debate ainda teve espaço para Mourão e Karol defender a eleição do presidente Lula e da volta das políticas de inclusão social.

Foi um debate quente, crítico, um pouco tenso, mas esclarecedor. Uma boa oportunidade para os indecisos fazer comparações e definir as suas escolhas. O eleitor foi quem mais ganhou.