A presidente Dilma Rousseff (PT) deve vir ao Tocantins no mês de agosto, para falar sobre o projeto Matopiba, que já tem liberado R$ 410 milhões para investimento. A ministra Kátia Abreu (PMDB), que está organizando a vista da presidente ao Tocantins, garante que o governo federal irá apoiar o desenvolvimento sustentável dos produtores. “O Matopiba veio corrigir erros do passado e está amparado nos focos de desenvolvimento como infraestrutura, inovação, tecnologia e qualificação profissional e classe média. Nessa fronteira do desenvolvimento devemos destacar o que é vocação e o que o mercado precisa, respeitando as características de cada Estado”, sustenta a ministra.

No mês de maio, em Palmas, foi definitivamente criada a última fronteira agrícola do Brasil e do mundo, segundo a ministra. Na ocasião, a ministra falou da criação da Agência de Desenvolvimento Regional do Matopiba e apresentou o mapa da região construído pela Embrapa. A região de abrangência do projeto é composto por 31 microrregiões num total de aproximadamente 73 milhões de hectares e capacidade de produzir 18,9 milhões de toneladas de grãos.

De acordo com Kátia Abreu, um dos objetivos do Matopiba é promover o desenvolvimento visando a elevação da qualidade de vida da população atingida pelo projeto. “Queremos que os produtores nativos também tenham a oportunidade de participar dessa riqueza, daremos condições para que isso ocorra”, disse ela, acrescentando que 12 mil produtores da região receberão assistência técnica do Ministério da Agricultura.

A ideia da ministra é a formação de um amplo consórcio, entre os quatro governos que compõe o Matopiba, para facilitar a vinda de recurso público destinado à construção da infraestrutura da região, incluindo novas estradas. “O agronegócio brasileiro é um desafio que nos une, e o meu maior desejo é ver essa região próspera nos números.”

O território do Tocantins está praticamente todo dentro do Ma­topiba, representando algo em torno de 38% da área, e isso é muito importante para o Estado. “Preci­samos inserir na agenda do Matopiba a indústria da transformação, que seria a redenção dos Estados integrantes, uma vez que a região tem grande potencial para o agronegócio.”

As ações previstas no plano visam desenvolver infraestrutura para redução de custos de armazenagem, de estradas, ferrovias, hidrovias, portos, energia e aumentar a competitividade da região nos mercados nacional e internacional. Além de fortalecer e desenvolver a classe média do campo, promovendo a qualificação profissional, assistência técnica e extensão rural. Os instrumentos dizem respeito às imperfeições de mercado que colocam um limite à ascensão social dos agricultores da região.