Empresa diz ainda que terá que reduzir a frota na cidade se o pedido não for atendido

A prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB) afirmou na quinta-feira, 20, que os técnicos da Agência de Regulação de Palmas não encontraram nenhum prejuízo para as empresas do transporte coletivo que justifique aumentar a tarifa de R$ 3,85 para R$ 6,91. O reajuste da passagem está sendo discutido no Conselho Municipal de Acessibilidade, Mobilidade e Transporte e também foi parar na Justiça após um pedido do Expresso Miracema, a maior empresa do transporte público da cidade.

O argumento da empresa para o reajuste é que teria acumulado um prejuízo superior a R$ 12 milhões, por causa da redução de demanda na pandemia. Na ação, a empresa diz ainda que terá que reduzir a frota na cidade se o pedido não for atendido.

“Os nossos técnicos da Agência de Regulação de Palmas fizeram toda uma auditoria minuciosa em relação a isso e não encontramos nenhum motivo de prejuízo ou algo que justificasse colocar um aumento de quase 100% da tarifa para os nossos usuários”, disse a prefeita da capital.

“Há três estudos conclusos dentro da Agência de Regulação de Palmas que apontam, além da inviabilidade para esse aumento, colocamos inclusive a taxa de R$ 4,09, pensando apenas no reajuste pela inflação, mas a nossa pedida dentro do conselho e dentro das discussões é para que não haja nenhum aumento, para que a tarifa permaneça em R$ 3,85”, afirmou a gestora. A reunião em que a nova tarifa do transporte coletivo será votada ainda não foi marcada. A ação proposta pelo Expresso Miracema na 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas também ainda não foi analisada pelo juiz responsável.

A prefeita do município voltou a afirmar que o município está revisando os contratos e preparando uma nova proposta de concessão do transporte público de Palmas. Ela disse que o município não teria problema em assumir o serviço, caso seja necessário.