Pernas de homem é entregue à família em caixa de papelão
10 outubro 2022 às 19h08
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Uma situação inusitada aconteceu em Paraíso Tocantins, uma família tomou um sustou neste domingo, 9, ao receber as pernas do pedreiro Deonir Teixeira da Paixão, de 46 anos, que sofreu um grave acidente de moto. Os membros foram entregues à família pelo Hospital Regional de Paraíso do Tocantins em uma caixa de papelão.
A Secretaria de Saúde do estado atribuiu o caso a “falha de comunicação”. Os familiares do pedreiro procuraram uma funerária da cidade, que não soube o que fazer com os membros.
Em entrevista ao G1, a sobrinha do pedreiro, que não quis ser identificada, falou que a situação foi constrangedora. “O hospital nos entregou em mãos. Disseram que se a gente não recebesse para enterrar eles iriam descartar no lixo hospitalar. Não avisaram nada de que iriam enterrar ou incinerar tudo direitinho. Muito constrangedor isso aqui”, desabafou.
Nota na íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) lamenta a falha na comunicação entre a equipe plantonista do Hospital Regional de Paraíso do Tocantins e os familiares do paciente Deonir Teixeira da Paixão, quanto aos esclarecimentos sobre os descartes de membros amputados.
A SES-TO destaca que todas as unidades hospitalares estaduais seguem um protocolo padrão dentro das resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 306 (2004) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 358 de (2005), as quais versam sobre a disposição final de resíduos dos serviços de saúde.
A SES-TO pontua que em caso de amputações a equipe multiprofissional da unidade hospitalar informa aos familiares sobre a necessidade do procedimento para a manutenção da vida do paciente e no ato é dada à família a escolha de levar os membros ou deixar a cargo do serviço de saúde, o descarte dos mesmos.
Quando o hospital é responsável pelo descarte de membros ele ocorre através de empresa especializada contratada para a realização do referido serviço, a qual não trata o material como lixo comum.
No caso em questão, a SES-TO enfatiza que a equipe multiprofissional não soube explicar o trâmite à família, que decidiu levar os membros. Para isso, os familiares assinaram um termo de responsabilidade, o qual consta, inclusive, relatado no prontuário do paciente.